Via participará do FSM 2016 para fortalecer a Soberania Alimentar e os direitos campesinos

O Fórum Social Mundial (FSM) é um espaço importante para construir a unidade dos Movimentos sociais a nível mundial – os que lutam por justiça social, econômica, cultural e política

 

Da Via Campesina

Vários delegados, que inclui mulheres, homens e jovens,  que representam camponeses e camponesas, migrantes e trabalhadores rurais de diferente regiões da Via Campesina levarão mensagens de solidariedade global e soberania alimentar ao Fórum Social Mundial 2016.  O Fórum que é um chamado coletivo para um mundo sustentável e inclusivo, acontecerá em Montreal, Canadá, de 09 a 14 de agosto.

A Via Campesina vê o Fórum Social Mundial (FSM) como um espaço importante para construir a unidade dos Movimentos sociais a nível mundial – os que lutam por justiça social, econômica, cultural e política. Em Montreal, nossos delegados e delegadas vão organizar e participar coletivamente de debates que incluem questões chaves como a Reforma Agrária, justiça climática, pesquisas camponesas, alternativas ao sistema agroindustrial transnacional, soberania popular versus impunidade corporativa, juventude camponesa, o futuro da agricultura, entre outras.

Uma nova geração de tratados de livre comércio como o TTIP, TTP, CETA e RCEP que ameaçam a soberania alimentar e os direitos de camponeses e trabalhadores rurais serão anunciadas durante as mobilizações em Quebec. Estes tratados incluem mecanismos antipopulares como são o Investor State Dispute Settlement (ISDS) que não só desconhecem os sistemas jurídicos locais e nacionais, como também ameaçam diretamente a democracia. Juntaremos nos a outros movimentos sociais e organizações do mundo inteiro na criação de estratégias unitárias para contestar e derrotar tais tratados que buscam beneficiar um grupo reduzido de corporações.

A Via Campesina reitera sua solidariedade com todos os movimentos que lutam por justiça social, que exigem direitos plenos para os povos indígenas, migrantes de diferentes raças etnias e religiões. Coletivamente levantamos nossas vozes contra a discriminação e as políticas que negam aos e as migrantes, camponeses, todas e todos os direitos à igualdade e segurança.

“Em um contexto onde o campesinato de Quebec é refém de um sindicato poderoso e um cartel agrícola, a Union Paysanne (UP) membro da Via Campesina convida a todos e todas para celebrar e reiterar o chamado pela livre associação do campesinato Quebec e em todo o mundo. Pedimos unidade, inclusão, fraternidade e autonomia campesina. Não há soberania alimentar sem camponeses soberanos! Globalizemos a luta, globalizemos a esperança!” conclui Pierre-Olivier Brassard, jovem camponês, produtor de vegetais, e integrante da Union Paysanne, organização anfitriã da delegação internacional.