Sem Terra reocupam latifúndio improdutivo no extremo sul baiano

A ação aconteceu sete dias após as famílias terem sido obrigadas a abandonar suas produções e seus lares devido a uma liminar de despejo expedida pelo juiz local

Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia
Da Página do MST

Na madrugada da última quinta-feira (11), cerca de 100 famílias Sem Terra reocuparam a fazenda Changrilá, de 1.400 ha, localizada no córrego Bom Sucesso, em Jucuruçu, no Extremo Sul da Bahia.

A ação aconteceu sete dias após as famílias terem sido obrigadas a abandonar suas produções e seus lares devido a uma liminar de despejo expedida pelo juiz local Rafael Siqueira Montoro.

O MST avalia que o método utilizado pelo poder judiciário não permitiu escutar a voz dos trabalhadores e trabalhadoras, além de fortalecer os mecanismos de opressão e exploração existentes na região.

Após despejo, o latifundiário Álvaro Pereira Filho, dono da área, mais conhecido como Alvino Paratodos, destruiu mais de 40 tarefas de produção de milho, feijão, mandioca, abóboras, tomate e hortaliças em geral.

Reforma Agrária na região

A área faz parte de um conjunto de fazendas improdutivas do latifundiário Álvaro Pereira, localizadas nos municípios de Itanhém e Jucuruçu.

Nesse sentido, os Sem Terra denunciam a omissão do poder judiciário e político da região frente às diversas denúncias realizadas desde 2015, referentes às irregularidades da área, sem que algo tenha sido feito.

*Editado por Iris Pacheco