Crianças do MST marcham por direito à alimentação saudável em Santa Maria

Os Sem Terrinha ainda pedem o não fechamento das escolas do campo; a abertura de estradas em assentamentos e transporte escolar de qualidade

 

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Da Página do MST

Cerca de 700 crianças do MST que participam do 18º Encontro Estadual dos Sem Terrinha em Santa Maria, na região Central do Rio Grande do Sul, marcharam na manhã desta terça-feira (11) por direito à alimentação saudável nas escolas.

Com gritos de ordem como “Bandeira, bandeira, bandeira vermelhinha, o futuro da nação está nas mãos dos Sem Terrinha”, a marcha saiu por volta das 9 horas do Centro de Referência de Economia Solidária Dom Ivo Lorscheiter e terminou no Ministério Público Federal, onde foi entregue uma pauta de reivindicações ao promotor de Justiça Antônio Augusto Ramos de Moraes, substituto da promotoria regional da educação.

Entre as demandas está o aumento do recurso destinado à alimentação escolar – hoje, o valor repassado pela União é de R$ 0,30 ao dia por criança. Os Sem Terrinha pedem que o valor passe para, no mínimo, R$ 1,20; o não fechamento das escolas do campo; abertura de estradas em assentamentos e transporte escolar de qualidade. As crianças também exigem investimentos em infraestrutura e que, pelo menos, 50% da alimentação oferecida nas instituições de ensino seja adquirida através do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).

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Moraes recebeu um grupo de Sem Terrinha e educadores, e ouviu-os sobre as dificuldades enfrentadas diariamente para terem acesso à educação. O promotor afirmou que levará as reivindicações para serem discutidas em instâncias maiores e institucionais, e que considera legítima a mobilização das crianças. “O que todo mundo quer é ter condições de estudar e uma alimentação de qualidade”, acrescentou.

A marcha fez parte da programação do 18º Encontro Estadual dos Sem Terrinha, que começou ontem e se encerra nesta quarta-feira (12), com o lema “Alimentação saudável, um direito de todos”.