Acampamento com liminar de despejo produz comida sem veneno

A liminar recebida nesta semana tem como prazo o dia 20 de novembro para as famílias saírem da área

 

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Por Fábio Reis
Da Página do MST

Próximo a completar três meses, já é possível colher os frutos de muita luta. As famílias que estão acampadas em Xanxerê, no acampamento Marcelino Chiarello no oeste de Santa Catarina, iniciam o processo de limpeza dos plantios.

As famílias começam a tirar seu próprio sustento da terra tão sonhada. Ao redor dos barracos e em áreas coletivas se vê a diversidade da produção de alimento, hortaliças, pequenos animais e vacas de leite, principalmente, respeitando o meio ambiente, já que a proposta do MST é cuidar da natureza, cuidando da biodiversidade e a produção sem o uso de venenos.

Passado vários meses desde a ocupação, as mais de 300 famílias acampadas tem grande dificuldade em  ter acesso a água potável. Ao perceber que muitas crianças estavam passando mal, com forte dores de cabeça e diarreia, foi encaminhada uma analise das fontes de água e chegaram a conclusão que as mesmas estavam contaminadas com veneno. 

A Fazenda ligada a Sementeira Prezzotto é considera área da União, pois os títulos repassados para ela há mais 30 anos, nunca foram pagos. O INCRA solicitou o cancelamento desses títulos.

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Enquanto isso, as famílias Sem Terra receberam uma liminar de despejo, tendo como prazo o dia 20 de novembro. Elas pretendem anular essa liminar, contam com o apoio dos amigos e da sociedade.

Vilson Santin da direção do Movimento, garante que na segunda quinzena de novembro, o acampamento receberá representantes do INCRA nacional, para conhecer o acampamento e tratar do processo desta área e das demais em todo o estado.

“Conseguimos colocar essa fazenda na pauta nacional, entre as diversas áreas emblemáticas a nível nacional, essa é uma delas. Esperamos que a questão seja definida para os trabalhadores e não para os grandes proprietários, como é esse caso”, completa Santin.