Educandos das Escolas do Campo do MST-CE concluem Curso de Agroecologia

O curso deixou em cada participante a certeza de que a educação em agroecologia não se constrói sem resistência, luta, rebeldia e compromisso.

juventude ceara.jpg

 

Por Coletivo de Juventude do MST-CE
Da Página do MST

 

Aconteceu no período de 28 a 30/11, O II Seminário do Programa Residência Agrária, Juventude e Agroecologia. A atividade aconteceu na Universidade Federal do Ceará (UFC), como parte das atividades de encerramento do Curso Técnico em Agroecologia e Extensão Rural, Residência Agrária Jovem.

O curso foi executado pelo Programa Residência Agrária do Centro de Ciências Agrárias, em parceria com o MST-CE. Contou com a participação de 50 jovens de Assentamentos de Reforma Agrária, com a formação realizada entre a Universidade, escola e o assentamento, articulando teoria e práticas de educação agroecológica no Semiárido.

De acordo com Alessandra Jesus da Luz, “o curso foi de fundamental importância para o aprendizado enquanto camponeses oriundos de escolas do campo. Aprendemos a valorizar mais o nosso lugar onde vivemos, os nossos assentamentos, e passamos a enxergar que é possível conviver no campo, adotando praticas agroecologicas que venham a contribuir na nossa qualidade de vida”. Alessandra é Educanda da Escola do Campo Florestan Fernandes, Localizada no Assentamento Santana no município de Monsenhor Tabosa.

 

juvent ceara.jpg
Legenda

Para Miqueline Tomás, educanda da Escola do Campo Francisco Araújo Barros localizada no Assentamento Lagoa do Mineiro, “o curso representou uma experiência única, aprendi como lidar com cada tipo de solo. Foi um sonho realizado, eu estava sem estudar, através do curso voltei a estudar e o mais importante aprendi que o campo é um lugar bom de se morar”.

Para  Flavio Gomes do coletivo de juventude do MST-CE, “o curso representou para os  jovens a importância do estudo e do domínio das técnicas. Ao frequentar o espaço da universidade, os jovens perceberam que só a luta pode quebrar as correntes que nos prendem. Ocupamos espaços que deveriam ser nossos por direito, que é o caso das universidades públicas, e ainda nos fez perceber que o campo não é um lugar atrasado, mas sim de grandes possibilidades para uma vida digna”.

Ao encerrar as atividades, o curso deixou em cada participante uma certeza: “a educação em agroecologia não se constrói sem resistência, luta, rebeldia e compromisso.  Nosso verde é o verde da esperança, resistência  agroecológica e da convivência com o seminário”, finalizou Gomes.

 

 

*Editado por Rafael Soriano