MST se solidariza com os trabalhadores reprimidos pela polícia no Rio de Janeiro

A ação dos servidores tinha como pauta protestar contra o chamado “Pacote de Maldades” do Governo do Estado do Rio de Janeiro.

 

 

Da Página do MST
Foto de Capa: Mídia Ninja

 

Durante a realização da VIII Feira Estadual da Reforma Agrária Cícero Guedes, no Rio de Janeiro, os feirantes e público visitante teve que lidar com uma situação inesperada. Pela primeira vez em oito edições, as atividades tiveram que ser interrompidas antes do horário.

Tudo isso ocorreu em função da batalha campal orquestrada pelas forças policiais contra trabalhadores e trabalhadoras do serviço público estadual que protestavam contra o “Pacote de Maldades” do governo do RJ para jogar no lombo da classe trabalhadora os resultados da crise.

“Infelizmente, a truculência alcançou a nossa Feira e tivemos que, pela primeira vez em oito edições, encerrar as atividades mais cedo, visando preservar a segurança dos feirantes de todas as idades, bem como o enorme público que assistia a apresentação cultural”, classificou em nota a organização do evento.

Neste sentido, os camponeses que seguem em Feira até o final desta quarta-feira (7), se solidarizaram com as vítimas dessa truculência policial.

Confira a nota emitida:

Nós, trabalhadoras e trabalhadores de movimentos sociais do campo e da cidade, dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo, presentes na VIII Feira Estadual da Reforma Agrária Cícero Guedes, que se realiza no Largo da Carioca, região central da cidade do Rio de Janeiro, repudiamos veementemente a ação truculenta da Tropa de Choque da Polícia Militar no ato dos servidores públicos no dia de ontem (06), em frente à ALERJ (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro).

A ação dos servidores tinha como pauta protestar contra o chamado “Pacote de Maldades” do Governo do Estado do Rio de Janeiro. Segundo nota do Muspe (Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais), o pacote ataca os servidores públicos ativos, aposentados e pensionistas, com o congelamento de salários e gastos, aumento da alíquota previdenciária, entre outras medidas.

Também em nota, o SEPE (Sindicato Estadual de Profissionais da Educação) coloca que o governo estadual “tenta impor um pacote impopular, sem debates com a população e sem atacar os verdadeiros problemas que levaram à crise como as isenções fiscais feitas pelos empresários e o dinheiro desviado pelo grupo de Cabral”.

Infelizmente, a truculência alcançou a nossa Feira e tivemos que, pela primeira vez em oito edições, encerrar as atividades mais cedo, visando preservar a segurança dos feirantes de todas as idades, bem como o enorme público que assistia a apresentação cultural do Multibloco ou que passam pela Feira todos os dias.

Toda nossa solidariedade aos trabalhadores e trabalhadoras que lutam constantemente por seus direitos!! Os trabalhadores e trabalhadores não podem pagar pela crise! Estaremos na luta com o conjunto da classe trabalhadora, até que a democracia e todos os direitos conquistados sejam respeitados!

Nenhum Direito a Menos!

Lutar não é Crime!

Contra a repressão das lutas populares!

 

VIII Feira Estadual da Reforma Agrária Cícero Guedes