Produtos da Reforma Agrária ocupam às ruas de Medeiros Neto

Durante os dois dias, a feira foi a porta voz da agroecologia e da Reforma Agrária Popular à população, por destacar o processo de organização da produção
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Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia

Uma vasta variedade de produtos orgânicos e agroecológicos foram oferecidos à população de Medeiros Neto nos dias 06 e 07 através da Associação de Agricultores e Feirantes de Medeiros Neto (Aspofeira), reunindo pequenos agricultores da região do extremo sul da Bahia.

Foram comercializados cerca de 3 toneladas de alimentos saudáveis, além de 25 variedades de bolos e biscoitos. Para o MST, os produtos são instrumentos de luta, se contrapondo ao discurso midiático que deslegitima a Reforma Agrária e criminaliza os movimentos e organizações do campo.

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Vinicius Vidreira, gestor do Programa Nacional de Credito Fundiário (PNCF), na Companhia de Desenvolvimento Agrária (CDA), afirmou que a Feira veio para fortalecer a inclusão socioeconômico das famílias, que por uma questão histórica sempre viveram a margem do desenvolvimento econômico do país.

“O nosso papel é incentivar a produção e que ela seja agroecológica, pois cremos que esse seja o meio viável de ajudar o Brasil”, disse Vidreira.

De acordo com Regina Gomes dos Santos, moradora do Assentamento Rosinha do Prado, as parcerias no campo da construção agroecológica são importantes porque fortalecem o processo de conscientização. “Só em pensar que estamos disseminando a agroecologia para um público maior e, ao mesmo tempo, denunciando o modelo de produção do agronegócio, nos aponta que um novo estilo vida é possível”, explicou.

Já José Mendes da Mota, da direção estadual do MST, acredita que o momento é extremamente complicado e difícil, porque os direitos que os trabalhadores conseguiram com muita luta estão sendo arrancados brutalmente. “Agora é hora de nos unirmos e essa feira dá ânimo e força para continuarmos lutando”.

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Durante os dois dias, a feira foi a porta voz da agroecologia e da Reforma Agrária Popular à população, por destacar o processo de organização da produção e por possibilitar a construção de unidade entre as organizações e movimentos.

Para Charles Castro, coordenador do Grupo de Apoio para Inclusão Social (GAPIS),- uma ONG sem fins lucrativos e de assistência técnica e contábil-, a conjuntura atual está se complicando cada vez mais e a construção de atividades conjuntas mostra que os movimentos estão caminhando lado a lado.

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“Quando falamos em agroecologia, o MST tem sido uma referência por ser um dos movimentos que mais produz fazendo a população perceber que os produtos são saudáveis e livres de agrotóxicos”.

A feira foi uma realização da GAPIS, em parceria com a Companhia de Ação Regional (CAR), o Instituo Federal Baiano, BAHIATER, NE, CDA, Território e Identidade Extremo Sul, SEBRAE, Banco do Nordeste, CDL de Medeiros Neto, a Prefeitura Municipal de Medeiros, Universidade Estadual da Bahia (UNEB) e MST.