Seminário discute questões de gênero no DF
Por Adriana Gomes
Da Página do MST
Fotos: Mídia Ninja
O Seminário “O papel das mulheres na sociedade e as formas de violências”, aconteceu na manhã deste domingo (11), na Praça São Sebastião, em Planaltina, Distrito Federal. O evento integra a programação do 1º Circuito de Feiras e Mostras Culturais da Reforma Agrária.
As convidadas para mediar o debate, foram Rosmeri Witcel, da Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF) e Mariana Paiva, do Levante Popular da Juventude.
No debate foi apontado a opressão de gênero e de classe, além da superação do patriarcado. Para Rosmeri Witcel, “o papel que está colocado para a mulher nessa sociedade não nasce com o capitalismo e sim com a propriedade privada”, nesse contexto é reforçado o local da mulher na sociedade por um sistema que as oprime enquanto gênero, classe, além da raça, determinante nas várias formas de violências cometidas contra as mulheres.
No Mapa da Violência de 2015, elaborado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), constatou-se que as taxas de homicídio de mulheres brancas caíram 11,9%: de 3,6 por 100 mil brancas, em 2003, para 3,2 em 2013. Em contrapartida, as taxas das mulheres negras cresceram 19,5%, passando, nesse mesmo período, de 4,5 para 5,4 por 100 mil.
A partir desses dados, é perceptível a ofensiva conservadora, que atinge violentamente as mulheres e põe em risco as poucas garantias conquistadas.
“O Feminismo Popular está diretamente atrelado às relações de classe, tendo como apontamentos ir contra o capitalismo e o patriarcado, fortalecimento, auto-organização e empoderamento das mulheres”, afirma Mariana Paiva.
Nesse contexto, as mulheres do MST com outras organizações nacionais e internacionais do campo têm contribuído para a construção do Feminismo Camponês e Popular, para a superação das relações de opressão, bem como a construção da igualdade nas relações humanas.