Curta Annoni – 30 anos de Marcos ganha 7º Prêmio CineB do Cinema Brasileiro

Vídeo produzido no Rio Grande do Sul mostra como é a vida num dos mais importantes assentamentos da reforma agrária popular do país
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Da Página do MST 

O curta-metragem &”39;Annoni – 30 anos de Marcos&”39;, produzido pelo MST do Rio Grande do Sul e o gabinete do deputado estadual Edegar Pretto (PT)  e dirigido por Thiago Köche, ganhou na noite de terça-feira (13) o 7º Prêmio CineB de Cinema Brasileiro. A cerimônia contou com a apresentação do ator Ailton Graça e a premiação também contemplou nomes como Tata Amaral pelo filme “Trago Comigo” e Kléber Mendonça Filho pelo seu filme “Aquarius”.

 

“O curta &”39;Annoni – 30 anos de Marcos&”39; mostra como é a vida num dos mais importantes assentamentos da reforma agrária popular do país. Assim buscamos reforçar a importância da luta do MST e desmistificar essa imagem deturpada do movimento que chega à população através da grande mídia que não se interessa pela luta da reforma agrária, distribuindo renda para diversas famílias desempregadas e que querem transformar latifúndios improdutivos em terras que gerem alimentos saudáveis e livre de agrotóxicos. As exibições no CineB e sua respectiva premiação para nosso curta potencializam esta mensagem para chegar na periferia da grande São Paulo” diz Köche.

O curta foi produzido em outubro de 2015 e lançado no dia 29 daquele mês, quando o assentamento da antiga Fazenda Annoni completou 30 anos de conquista da terra, constituindo-se hoje em um dos maiores assentamentos do RS. O documentário fala sobre o início do MST, a vida e morte da militante Roseli Nunes, assassinada durante um protesto em 1987, e de seu filho Marcos Tiaraju, que acabou se formando em Medicina em Cuba e hoje trabalha em postos de saúde públicos. A obra também mostra a realidade da Fazenda Annoni hoje, como um exemplo da reforma agrária que dá certo no nosso país, transformando latifúndio em terra produtiva de alimentos saudáveis.

O filme também já foi selecionado para os festivais CurtaSE Dezesseis (SE), Cinecipó (BH), Festival de Cinema de Três Passos (RS) e FestCine Amazônia (RO) – todos em 2016.

O CineB leva a experiência de uma sessão de cinema para as comunidades e instituições de ensino das periferias e com difícil acesso aos equipamentos culturais, sempre com entrada franca. Para isso, possui uma estrutura de exibição itinerante profissional e capaz de chegar a qualquer localidade. Conta até com um pipoqueiro exclusivo, que serve pipoca gratuita em todas as sessões, para que o público tenha a vivência mais próxima possível da ida a uma sala de cinema, com saquinhos padronizados e ainda com sorteio de brindes e camisetas do projeto ao final de cada filme.

“Em todas as ocasiões recebemos depoimentos emocionados, de pessoas que nunca haviam assistido a um filme em uma tela grande” conta o coordenador do CineB, Cidálio Vieira Santos.

 

Desde 2007, foram realizadas cerca de 450 sessões, exibindo em torno de 95 longas-metragens e 65 curtas-metragens. Mais de 220 comunidades e bairros de São Paulo, Osasco e Região, além de 40 associações já participaram do projeto, que foi assistido por cerca de 53 mil pessoas. Só este ano, foram dez longas-metragens, em 45 sessões, que reuniram cerca de seis mil pessoas. O CineB é realizado pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região e produzido pela Brazucah Produções.

Veja o vídeo aqui 

Veja a relação dos longas-metragens premiados

O Segredo dos Diamantes, de Helvécio Ratton;
Betinho A Esperança Equilibrista, de  Victor Lopes;
Tudo o que Aprendemos Juntos, de Sérgio Machado;
Chico Artista Brasileiro, de Miguel Faria Jr;
Trago Comigo, de Tatá Amaral;
Apart Horta, de Cecilia Engels;
Mãe só Há Uma, de Anna Muylaert;
Gonzaga de Pai para Filho, de Breno Silveira;
Comer o Quê, de Leonardo Brant;
Aquarius, de leber Mendonça Filho;
Tarja Branca, de Cacau Rhoden;
De onde eu te Vejo, de Luiz Villaça, e
Corda Bamba, de Eduardo Goldenstein.
 

Veja a relação dos curtas-metragens premiados
 
Meu amigo Nietzsche, de Fauston Silva;
Grafitti, de Lilian Solá Santiago; 
Annoni – 30 Anos de Marcos, de Thiago Koche;
A Casa do Mestre André,  de Leo Sykes;
Grafitti Dança, de Rodrigo Eba; 
Bravura, de Leonardo Minozzo;      
Matadeira, de Jorge Furtado;                                                             
Abraço Abraço da Maré, de Victor Ciriaco ;
O Muro é o meio, de Eudaldo Monção Jr;
Dá Licença de Contar, de Pedro Soffer Serran
Do Meu Lado, de Tarcísio lara Puiati. 

*Editado por Maura Silva