Encontro Estadual comemora 30 anos do MST em Sergipe

O encontro também tem como objetivo avaliar esses longos trinta anos de lutas e conquistas para traçar os novos horizontes do movimento e como enfrentar os desafios.

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Por Bruna Daniely
Da Página do MST
Fotos: Marcio Garcez

 

Cerca de 400 militantes das cinco regiões do Estado de Sergipe participam do 30º Encontro Estadual do MST, que teve início na segunda-feira (19), no Assentamento Moacir Wanderley, Povoado Quissamã, município de Nossa Senhora do Socorro.

A abertura do encontro teve a participação de diversos representantes de movimentos sociais e entidades, entre eles, Movimento Organizado dos Trabalhadores Urbanos (Motu), Levante Popular da Juventude (LPJ), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Movimento Camponês Popular (MCP), Consulta Popular, Marcha Mundial das Mulheres (MMM), Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri), Empresa de desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), União Nacional dos Estudantes (UNE), Partido dos Trabalhadores (PT), Conselho de Segurança Alimentar (Consea) e mandato do deputado federal João Daniel. Todos os representantes enalteceram a importância do MST na sociedade brasileira e como o movimento serve de inspiração e exemplo para a luta dos outros movimentos.

O encontro segue até a quinta-feira (22) e marca os 30 anos do MST em Sergipe, “o trigésimo encontro é histórico, não só porque o MST em Sergipe faz trinta anos, mas  pelo momento em que o país atravessa”, afirma Gileno Damasceno, dirigente nacional do MST. Para o dirigente esse momento difícil “coloca para quem luta desafios a serem enfrentados, que exigem muita determinação, muita luta e convicção de que só o povo em movimento, consciente do seu papel é capaz de superá-lo”, conclui.

Entre os temas abordados na programação estão: a Reforma Agrária Popular e os desafios da massificação e organicidade. Nesta terça-feira (20) o dirigente Nacional João Pedro Stédile reafirmou a necessidade da luta para o ano de 2017, o combate ao governo golpista, contra a reforma da previdência e a exigência de eleições gerais direta.

Em Sergipe o MST representa a mudança de vida de muitos camponeses, para Gislene Reis, dirigente Nacional do MST, “o trigésimo encontro determina o final de um ciclo, do que foi o MST, que apesar dos duros conflitos também proporcionou grandes conquistas, em todo o estado são mais de 200 assentamentos e cerca de 60 acampamentos”, a dirigente destaca que “esse período mostra um amadurecimento político do movimento, pois no passado o MST organizou os trabalhadores na luta pela terra, mas atualmente além disso, contribui na construção do projeto político para o Brasil”, finaliza.

O militante do MST e atual secretário de estado de agricultura, Esmeraldo Leal, declara que “o momento atual é de reflexão sobre os trinta anos de lutas e conquistas e também um espaço de confraternização e renovação de energia para os desafios que virão”. Anieli Resende, militante do setor de juventude, ressalta que “trinta anos do MST em Sergipe, representa a necessidade de se reinventar diante da atual conjuntura”, para ela, “o setor de juventude tem como objetivo fortalecer a tomada de decisão dos jovens e inseri-los nos setores para fortalecer a luta Sem Terra.”

O encontro também tem como objetivo avaliar esses longos trinta anos de lutas e conquistas para traçar os novos horizontes do movimento e como enfrentar os desafios.

 

 

*Editado por Rafael Soriano