Sem Terra formam-se na Universidade Estadual de Maringá

22 estudantes concluíram o curso de Pedagogia da Terra que é voltado para filhas e filhos de assentados da Reforma Agrária

 

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Fotos: Wellington Leno 

 

Por Geani Paula 
Da Página do MST

 

Na noite da última quarta-feira (22), militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), concluíram a primeira turma de Pedagogia da Terra, em parceria com a Universidade Estadual de Maringá (UEM), e pelo Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera).

Voltado para filhas e filhos de assentados da Reforma Agrária, os 22 estudantes do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul, começaram essa trajetória do curso em 2013. Mas a luta para abrir a turma na UEM já vinha há 12 anos.

A graduação teve como principal objetivo formar militantes pedagogos e pedagogas do campo, com intuito de trabalhar nas escolas de acampamentos e assentamentos do MST.

“Cada um de vocês vai atuar em uma escola, cujo alunos são provenientes dessa comunidade que vive no campo, que ao longo da história foram marginalizados, uma vez que o campo é um terreno fértil de riquezas e valor cultural, econômico, histórico, não teve o olhar das políticas publicas ao longo desses anos”, disse a pró-reitora de ensino Ana Tiyomi Obara.

Os educandos homenagearam para dar a identidade da turma, a militante Iraci Salete Strozak, que faleceu em um acidente de carro em 1997 no Paraná. A mesma iria estudar na primeira turma de pedagogia da terra no Rio Grande do Sul.

“Nosso compromisso e nosso dever como pedagogos e pedagogas militantes é estarmos na luta e em movimento na defesa da educação do campo, dos direitos da classe trabalhadora, da cultura, da igualdade do direito a terra, ao trabalho, e de sermos e vivermos como humanos”,afirmou em seu discurso a educanda Aline Luana Oliveira.