Grandes manifestações por todo o Maranhão marcam o 8 de Março

Às 5h da manhã, a Ponte dos Mosquitos, na BR 135, única via por terra para entrar em São Luís foi completamente bloqueada.

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Por Reynaldo Costa
Da Página do MST

 

Simultaneamente, 14 pontos de estradas, estaduais e federais foram bloqueados durante as manifestações do Dia Internacional da Mulher. Todas as BR tiveram manifestações.

As atividades fazem parte de uma jornada de luta unitária de vários movimentos contra a retirada de direitos e contra a reforma da Previdência Social.

Ainda era madrugada quando as primeiras manifestações começaram a ocorrer. Às 5h da manhã, a Ponte dos Mosquitos, na BR 135, única via por terra para entrar em São Luís foi completamente bloqueada. Ao amanhecerem muitos trabalhadores e trabalhadoras se somaram à interdição e a via ficou bloqueada por três horas.

A ampla maioria dos cerca de 2500 manifestantes eram trabalhadoras camponesas e urbanas em luta contra o capital, contra o agronegócio, contra a retirada de direitos e contra a reforma da Previdência.

Por volta das 8h, 14 pontos de estradas estaduais e federais estavam bloqueadas. Todas as estradas federais tiveram manifestações. Os principais atos, além do ocorrido na capital, foram em Imperatriz, segunda maior cidade do estado, em Santa Inês, região central, e em Palestina, região Nordeste do estado.

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Em Imperatriz e em São Luís as atividades ocorreram durante todo o dia e ainda com atividades à noite. Na capital após os protestos na BR 135 às trabalhadoras Sem Terra do MST realizaram uma plenária de estudos para um maior entendimento da reforma da Previdência em tramitação do Congresso. Durante a tarde uma marcha seguiu pelas principais ruas do Centro da Cidade. e às 19:00 um ato politico com artista locais encerrara as atividades.

Já em Imperatriz, após o trancamento da BR 010, as mulheres em marcha seguiram pelas ruas de um dos maiores bairros da cidade, o Bacuri, e pelo Centro. Nas primeiras horas da tarde, um ato, reunindo mais mulheres e estudantes, foi realizado na frente do Fórum de Justiça, onde se denunciou a morosidade daquele órgão em julgar os processos de crimes contra as mulheres na região. A marcha seguiu e ocupou a sede da Previdência Social da cidade. Ao fim da tarde, um ato público na principal praça da cidade encerrou a Jornada.

“As atividades do 08 de Março se encerram, mas a nossa luta é todo dia, estamos em luta constantes”, agita Gilvânia Ferreira, do MST, no ato de encerramento de Imperatriz. Ela conclui puxando a palavra de ordem “Mulheres, estamos todas despertas!”.

O 08 de Março deste ano reafirma uma característica que vem se construindo desde os anos anteriores: mais mulheres nas ruas, mais organizações unificando, mais atos e em mais lugares que os rotineiros, visto que em todas as regiões do Maranhão se realizaram manifestações.

 

 

*Editado por Rafael Soriano