Em Tocantins, mobilização pede liberdade para presos políticos do MST

Trabalhadores rurais do acampamento Dom Celso fizeram uma manifestação nesta segunda-feira (13), em frente ao Tribunal de Justiça, em Palmas, para pedir a libertação dos presos
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Da Página do MST 

Nessa segunda-feira (13), os trabalhadores rurais do acampamento Dom Celso, localizado em Porto Nacional, no estado do Tocantins, fizeram uma manifestação em frente ao Tribunal de Justiça da capital, Palmas, para pedir o deferimento de um pedido de habeas corpus de quatro pessoas do movimento, entre elas uma mulher, presos durante uma operação da Polícia Militar no dia 9 de março.

No fim do dia, mesmo com a manifestação, o Juiz Substituto da Vara Criminal da Comarca de Porto Nacional, Márcio Barcelos decidiu por rejeitar o pedido de soltura. Agora a liminar deve ser julgada pelo pleno do Tribunal.

Diante da situação, os acampados de Dom Celso decidiram organizar uma comissão, formada por advogados e representantes de outros movimentos sociais, dos Direitos Humanos, da Igreja Católica e da Ordem dos Advogados de Tocantins, que deve se reunir na quinta-feira (16) com o juiz do caso para tentar sensibilizá-lo no sentido de revogar a prisão preventiva dos quatro lutadores.

As famílias permanecem no acampamento, de onde relatam uma situação de tensão, já que o fazendeiro mantém a sede sob guarda da Polícia Militar. 150 famílias estão acampadas no local, que foi ocupado em maio de 2015 pelo MST, para que o terreno seja destinado à Reforma Agrária. No último ano, as ameaças e pressões dos fazendeiros locais aumentaram viraram rotineiras.

A última investida ocorreu no dia 9 de março, quando o Grupo Tático da Polícia Militar invadiu o acampamento de forma violenta, fazendo ameaças e disparos de arma de fogo contra os trabalhadores rurais acampados. 

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