Debate de formação no Paraná discute cooperação e agroecologia

O curso contou ainda com a realização de oficinas e grupos de trabalho por área de conhecimento com foco na prática docente e na organização coletiva
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Do setor de educação do MST-PR

Entre os dias 20 e 23 de março, aconteceu na Escola Itinerante Vagner Lopes, localizada no acampamento Dom Thomas Balduíno, em Quedas do Iguaçu, Paraná, o Curso de Formação das Educadoras e Educadores da Educação Infantil e Anos Iniciais das Escolas do MST organizadas em Ciclos de Formação Humana. 

Participaram da atividade as doze escolas itinerantes do estado e as escolas municipais do campo, Zumbi dos Palmares, Trabalho e Saber e Construtores do Futuro, totalizando 120 educadores. 

O curso é promovido pelo Programa Escola da Terra (MEC/SECADI) fruto da iniciativa da Universidade Federal Fronteira Sul (UFFS) em parceria com a Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO) e o setor de educação do MST/PR.

A formação propiciada perpassou o estudo da conjuntura política e a questão agrária na atualidade, relacionadas aos fundamentos políticos e pedagógicos que alicerçam o Projeto Político-Pedagógico por Ciclos de Formação Humana com Complexos de Estudo.

O curso contou ainda com a realização de oficinas e grupos de trabalho por área de conhecimento com foco na prática docente e na organização coletiva. 

Outro elemento que se colocou como eixo articulador da formação foi a continuidade da Jornada Nacional Cultural Alimentação Saudável: um direito de todas e todos! 

No contexto da atividade realizada em Quedas do Iguaçu, foram abordados temas e práticas relacionadas à cooperação e à agroecologia, bem como, potencializou-se a socialização das práticas desenvolvidas no marco da Jornada Cultural junto às escolas e comunidades no ano de 2016. 

Entre as ações socializadas pelas escolas destacou-se a participação dos estudantes em processos de produção de hortas, agroflorestas, jardinagem, mandalas ornamentais e medicinais; a recuperação de nascentes; a organização e realização de expressões culturais com dança, teatro e músicas; a organização e realização de feiras agroecológicas e de sementes crioulas; a sistematização de cadernos de receitas e outras materiais. 
Considerando a consistente demanda na formação continuada de educadoras e educadores, a necessidade de seguir na reflexão e no avanço da proposta pedagógica nas escolas do campo indica-se a continuidade do processo de formação tanto numa dimensão local como através de encontros estaduais. 

No âmbito das escolas, a formação local se dará nos Coletivos Pedagógicos. Já em nível estadual, indica-se a realização de mais um encontro no segundo semestre de 2017. Neste quadro, coloca-se como desafios na continuidade do processo formativo e na pratica pedagógica nas escolas: o Conselho de Classe Participativo, o Planejamento Coletivo, a Auto-organização dos educandos, a Avaliação e o Ensino em conexões com a realidade e as perspectivas de ensino-aprendizagem que dão para a proposta formativa nas áreas de reforma agrária e das Escolas do Campo.