Em parceria com a UNESP, MST realiza entrega cestas agroecológicas em SP

Iniciativa viabiliza manutenção de camponeses assentados na cidade de Rosada, interior do estado

 

Do CEGeT

O CEGeT (Centro de Estudos de Geografia do Trabalho), o CEMOSi (Centro de Memória e Documentação Sindical) e Coletivo CETAS de Pesquisadores (Centro de Estudos do Trabalho, Ambiente e Saúde), que executam ações de pesquisa e de extensão, de forma articulada e interativa, promovem a iniciativa a Cesta Solidária e Agroecológica nas dependências Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT)/UNESP de Presidente Prudente.

A atividade está vinculada ao Projeto Temático FAPESP (Processo: 2012/23959-9) “Mapeamento do Agrohidronegócio Canavieiro e os Desdobramentos sobre os Trabalho, Ambiente e a Saúde, no Pontal do Paranapanema”, coordenado pelo professor Antonio Thomaz Júnior, da FCT/Unesp. Essa iniciativa também envolve outros projetos de pesquisa e de extensão, e tem aglutinado a cada dia interessados em contribuir com essa valiosa experiência para os camponeses.

Os professores envolvidos têm vários orientandos, protagonistas de projetos de monografias, mestrados, doutorados e pós-doutorados, voltadas para questões que abordam sistemas de produção, práticas agroecológicas, e alternativas de sobrevivência dos camponeses e dos Assentamentos Rurais do Pontal do Paranapanema

A ideia das cestas está viabilizando, inicialmente, a manutenção e sobrevivência com certa estabilidade, de 12 famílias de Assentados do Assentamento Gleba XV de Novembro, localizado no município de Rosana (SP), e estão vinculados ao MST. Após a extinção do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e dos recursos oriundos da compra institucional, antecipada de alimentos, vinculado à Conab, milhares de famílias camponesas ficaram à deriva e estão passando por dificuldades de grande monta. 

É importante destacar que os contribuintes das 25 Cestas Agroecológicas (professores, estudantes e técnico-administrativos da FCT), ajudam para que mais 5 cestas solidárias sejam distribuídas gratuitamente ou à metade do preço, para famílias carentes que são escolhidas pela Equipe de Apoiadores. 

“Há décadas trabalhamos junto aos camponeses e demais trabalhadores excluídos e/ou incluídos precariamente no mercado de trabalho na órbita dos empreendimentos do agrohidronegócio. Dessa vez, estamos conseguindo executar algo que já demonstra outro tipo de alcance social, ou seja, pela via da participação dos camponeses, da Direção Regional do MST, dos apoiadores e dos contribuintes; o que está nos animando sobremaneira. Nossa Universidade faz parte do cotidiano desses trabalhadores e das respectivas comunidades por meio das ações de pesquisa, extensão universitárias, cursos, oficinas e agora, sob outra dimensão, ou seja, através das cestas solidárias e agroecológicas”, diz o professor Thomaz.