Jovens Sem Terra se formam em curso de Comunicação Popular no Paraná

O projeto De Olho na Terra iniciou em 2011 no estado de Santa Catarina, onde formou 200 jovens. Em 2015, ele ampliou para a região sul, com implantação de três telecentros no Paraná e três no Rio Grande do Sul

 

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Turma do Projeto de Olho na Terra que se formou no Paraná.

 

Por Setor de Comunicação Paraná

Nos dias 25 e 26 de março, aproximadamente 100 jovens das áreas de Reforma Agrária do Paraná, terminaram mais um ciclo de formação, desta vez na área da Comunicação Popular.

Desde abril de 2015, o estado conta com um projeto que é fruto da parceria entre o MST, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), e o Ministério das Comunicações, Chamado de Olho na Terra- TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação).

O projeto previa reformas e construções de três telecentros e rádios, bem como a aquisição de computadores, câmeras, ilhas de edição, transmissores e vários outros equipamentos. E também onze oficinas na área da comunicação, com ênfase em rádio e audiovisual.

“Em tempos de Golpe de Estado, onde a mídia burguesa e a indústria cultural foram ferramentas centrais dos golpistas, termos uma turma de comunicadores populares das áreas de reforma agrária finalizando um processo formativo como este, significa uma grandiosa conquista da classe trabalhadora que merece ser muito comemorada”, afirma a coordenadora do Setor de Comunicação e Cultura do estado, Geani Paula.

Já Aline Korosue, da Universidade Federal de Santa Catarina, salienta que esta parceria rendeu bons ensinamentos, e só aconteceu por ter muita luta do movimento. “O movimento é o merecedor, pois só conseguimos ter um projeto com esse alcance graças as lutas e conquistas de vocês”.

O projeto De Olho na Terra iniciou em 2011 no estado de Santa Catarina, onde formou 200 jovens. Em 2015, ele ampliou para a região sul, com implantação de três telecentros no Paraná e três no Rio Grande do Sul.

“Participar desse projeto foi de extrema importância, não só para mim, mas para toda a juventude Sem Terra que participaram das oficinas e dos encontros, não aprendemos apenas a mexer nas câmeras, a fazer programas de rádios, trouxe para nós a formação política, e tornando-nos comunicadores populares”, comenta a educanda Jaine Amorin.

*Editado por Iris Pacheco