Paraná realiza 1º curso de formação em corpo, gênero e sexualidade

Curso terá mais duas etapas durante o ano, e reúne cerca de 30 pessoas.

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Por: Geani Paula de Souza
Da Página do MST

 

“Através da busca de processos emancipatórios que libertarão nossos corpos, nossos gêneros e nossas sexualidades”. Essa frase ressoou durante os três dias de estudo do I Curso de formação: Corpo, gênero e sexualidade, na Escola Milton Santos, em Maringá, no Paraná, entre os dias 28 a 30 de abril.

O curso de extensão é ministrado pela Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), campus de Bandeirantes, pela Equipe do Projeto de Extensão em Sexualidade e do Setor de educação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do estado.

O objetivo é transmitir informações e problematizar questões relacionadas à sexualidade, à saúde sexual e reprodutiva, aos direitos sexuais, às relações de gênero, à diversidade sexual e ao desejo afetivo-sexual.

Há dois anos, uma equipe do projeto de extensão em sexualidade do MST já vinha trabalhando nas áreas de acampamentos e assentamentos o tema, e foi onde surgiu a necessidade de expandir o conhecimento. “Partiu da necessidade de que mais pessoas pudessem se formar na questão da sexualidade, e que também pudessem desenvolver o trabalho nos locais, porque a gente percebeu que o trabalho ficava restrito a um grupo”, disse Erika do Nascimento, coordenadora pedagógica da Escola Itinerante Caminhos do Saber, e integrante da equipe de sexualidade.

Ainda estão previstas mais duas etapas do curso ainda este ano. Essa primeira fase contou com a participação de aproximadamente 30 pessoas do coletivo de educação, saúde e gênero, LGBT, e de militantes que estão envolvidos com trabalhos em outros setores do MST.

“A gente sempre falou na libertação do ser humano, na libertação da terra, libertação da classe trabalhadora, mas nunca pensamos no corpo de cada ser humano, envolvido em uma totalidade. Porque pensar a sexualidade é pensar a dimensão humana, que desde que a gente nasce está com a gente, e às vezes por não trabalhar, não se descobrir por completo, o indivíduo não se desenvolve tanto quanto poderia”, completou Nascimento.

 

*Editado por Leonardo Fernandes