Construção histórica da Pedagogia Socialista é tema de seminário na Escola Florestan Fernandes

Durante os quatro dias de Seminário, os participantes devem debater uma diversidade de temáticas que, a partir das lições do processo revolucionário russo, relacionam-se com as tarefas da classe trabalhadora na transformação da sociedade
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Por Gustavo Marinho 
Da Página do MST

 

Cerca de 350 pessoas vindas de 18 estados do Brasil, além de militantes de movimentos populares de 18 países, estão reunidas na Escola Nacional Florestan Fernandes durante o seminário “Construção histórica da Pedagogia Socialista: Legado da Revolução Russa de 1917 e os desafios atuais”, embalados na mística revolucionária e avaliando os diversos desafios na atual conjuntura.
           

O Seminário que iniciou na manhã do dia 24 e segue com programação até o próximo dia 27, é fruto da articulação dos professores de instituições de educação superior com o MST, junto a Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF) e a Editora Expressão Popular, conta com a representação de 47 Instituições de Ensino Superior do Brasil.
           

De acordo com Rosana Fernandes, da coordenação do Seminário, destacou a importância da realização da atividade nesse momento histórico. “Esse é um Seminário provocador nesse momento político. Vamos discutir os elementos centrais da luta e da construção da Pedagogia Socialista, a partir do legado da Revolução Russa, apreendendo as lições do processo revolucionário até os desafios da atualidade”, destacou.
           

“Além da comemoração do centenário da Revolução Russa, temos como objetivo do Seminário a socialização das nossas experiências e práticas educativas que acumulam na perspectiva da construção da Pedagogia Socialista”, disse Rosana durante a abertura da atividade.
   

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Durante os quatro dias de Seminário, os participantes devem debater uma diversidade de temáticas que, a partir das lições do processo revolucionário russo, relacionam-se com as tarefas da classe trabalhadora na transformação da sociedade. “O Seminário também objetiva socializar e identificar quais são as questões e os caminhos possíveis para as formulações coletivas, com as organizações da classe, no campo e na cidade e suas novas exigências formativas”, afirmou Fernandes. Os temas perpassam o debate sobre o caminho para a transformação da escola, o papel da cultura na formação política e a participação das mulheres e da juventude na construção socialista entre outros.
           

Contribuem com os debates do Seminário, militantes, intelectuais e professores parceiros e parceiras do MST e da ENFF, como a professora Virgínia Fontes, da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV), Dermeval Saviani, da Universidade de Campinas (Unicamp), Gaudêncio Frigotto, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e Roberto Leher, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
           

“O debate sobre a Revolução Russa ele é útil para o que nós estamos fazendo aqui e agora”, comentou o professor Valter Pomar, da UFABC, que também participa do Seminário. “Nós vivemos um momento marcado por uma forte crise do capitalismo, momento adequado para que coloquemos o Socialismo e a revolução na ordem do dia. Os que pensam assim têm muito o que aprender com a experiência clássica da Revolução Russa”.