Jovens comunicadores realizam curso de imersão em audiovisual na Bahia
Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia
Da Página do MST
Prestes a completar 30 anos, o MST na Bahia tem realizado diversas atividades a data de formação e luta. Pensando nisso, a Juventude Sem Terra, que atua no coletivo de comunicação, se reuniu no Assentamento 40 45, o primeiro do estado, entre os dias 25 e 28 de maio, com o objetivo de construir um espaço de preparação e estudo em comunicação popular, com foco na linguagem audiovisual.
O curso de imersão propôs construir o debate a partir de outras linguagens de comunicação, como o lambe-lambe e estêncil, para que os militantes possam ter uma visão ampla das variadas formas de diálogo com a sociedade.
“A juventude precisa de uma melhor formação para contribuir na comunicação dos assentamentos e acampamentos”, disse Rivanda Ribeiro, do coletivo de comunicação regional.
Para ela, a militância que compõe o coletivo tem disposição, vontade, mas ainda falta noções básicas e técnicas em audiovisual, o que foi proporcionado pela imersão.
“Nossa proposta é formar militantes com conhecimentos necessários para realizar o debate técnico e político da comunicação popular, para construir mecanismos que possam romper com os monopólios da mídia privada no país”, explicou Ribeiro.
Para Izelia da Silva, também do coletivo de comunicação e juventude da regional, os Sem Terra possuem o direito de ocupar os espaços e se especializarem em diversas áreas. “Hoje é impossível desassociar a juventude das novas tecnologias da informação e por isso estamos intensificando o debate nesta área”.
“Além disso, uma das propostas do curso é o de resgate da mística dos 30 anos do movimento no estado e de fortalecer a luta”, e concluiu, “a juventude possui um potencial e isso precisa ser trabalhado. O curso serviu para dar uma aflorada e, acima de tudo, direcionar politicamente as tarefas que estamos realizando aqui regional”.
*Editado por Leonardo Fernandes