MST e petroleiros participam de ato contra a Privatização da Petrobras no RJ

Os manifestantes seguiram até o prédio da Procuradoria da República para protocolar uma representação contra Pedro Parente, atual presidente da Petrobras

 

Ato FUP_01_Pablo Vergara.jpg
Foto: Pablo Vergara

Por Pablo Vergara

Da Página do MST



Cerca de 1000 pessoas entre petroleiros e integrantes de movimentos populares do Brasil e da América Latina, participaram na manhã desta sexta-feira (9), de um ato contra a privatização e Petrobrás e de suas unidades em todo o país.



Os manifestantes seguiram até o prédio da Procuradoria da República para protocolar uma representação de impedimento em nome de Pedro Parente, atual presidente da Petrobrás.



Entre as ações listadas pelo manifestantes contra Parente, estão:



1. A privatização de campos de petróleo, refinarias, fábricas de fertilizantes, usinas de biodiesel, entre outras, tiveram seus valores depreciados em R$ 112 bilhões nos últimos anos, através de manobras contábeis para facilitar a entrega dos ativos.  Um prejuízo 17 vezes maior do que as perdas financeiras que a Petrobrás registrou com crimes de corrupção!

2. O presidente da Petrobrás também está doando aos estrangeiros subsidiárias lucrativas e estratégicas, como a Liquigás e a BR Distribuidora. Além de comprometer o abastecimento de gás de cozinha, gasolina, diesel e de outros derivados, a privatização destas empresas deixará o consumidor brasileiro à mercê dos oligopólios privados.

Ato FUP_15_Pablo Vergara.jpg
Foto: Pablo Vergara

3. Parente entregou campos gigantescos do pré-sal às multinacionais, a preços irrisórios. Carcará, que tem seis bilhões de barris recuperáveis de óleo e gás, foi praticamente doado à norueguesa Statoil pelo equivalente a US$ 0,70 o barril. Outros campos, como Iara e Lapa, de onde se pode extrair 850 milhões de barris de petróleo, foram entregues por ele à petrolífera francesa Total a preços inferiores a US$ 2,50 o barril.



4. O desmonte promovido fez as reservas da Petrobrás retrocederam aos níveis de 15 anos atrás, despencando de 13,131 bilhões de barris de petróleo para 9,672 bilhões de barris.



5. Parente já cortou cerca de 55 mil postos de trabalho na Petrobrás. Mais de 40 mil trabalhadores terceirizados foram demitidos e outros 13.270 empregados próprios deixaram a companhia, através de planos de desligamentos.



6. Os setores que dependem diretamente das encomendas da Petrobrás, como a indústria naval e de equipamentos, também amargam demissões em massa, em função dos cortes de investimentos feitos por Parente. Os estaleiros brasileiros já demitiram mais de 50 mil trabalhadores diretos.



Não deixaremos que um governo sem legitimidade e mergulhado em crimes de corrupção privatize a Petrobrás. Exigimos a saída imediata de Pedro Parente e a anulação de todas as medidas de sua gestão.



* Com informações da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e Sindicatos Filiados



Acesse aqui a integra da Representação