Após 12 anos de ocupação, famílias desfazem acampamento no oeste do Paraná

Durante seis anos, a área estava ofertada para o Incra, porém a situação nunca foi resolvida

 

Da Comunicação MST/PR

Há doze anos famílias organizadas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), ocupavam uma área, denominada Fazenda Rimafra, no município de Cascavel, região oeste do estado. 
O acampamento denominado sete de setembro, iniciou em 2005, quando aproximadamente 400 famílias ocuparam á área, pois a fazenda de aproximadamente 380 alqueires, sendo cem alqueires estava hipotecada na Fazenda Publica do Paraná, e o restante da fazenda estava hipotecada no Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).

Durante seis anos, a área estava ofertada para o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), porém a situação nunca foi resolvida. E pela demora, a dona da fazenda, Terezinha Branbilla, retirou a oferta, dando assim a reintegração da área e as famílias tiveram que deixar o acampamento.

O oficial de justiça entregou a reintegração no dia 14 de junho, dando o prazo para a retirada das famílias até a última sexta-feira, 30 de junho.

Nota oficial

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), durante esses doze anos, seguia organizando as famílias do acampamento 7 de setembro e, após a reintegração de posse da área, as mesmas foram levadas para outros acampamentos da região, que também são organizados pelo MST.

No ano de 2015, um grupo de famílias, que não são organizadas pelo Movimento Sem Terra, ocupou uma área com aproximadamente 50 alqueires, da mesma fazenda Rimafra, próximo ao acampamento sete de setembro. Por não aceitarem a organização do movimento, essas famílias realizaram vendas de lotes em uma área ocupada, enganando várias pessoas inocentes.

O MST repudia este tipo de ação, como vendas e arrendamentos de lotes, sendo em acampamentos ou em assentamentos, e reitera mais uma vez que sua principal função é a organização das famílias para conquistar um pedaço de terra, onde possam plantar e colher alimentos saudáveis.

O Movimento Sem Terra afirma ainda sobre o cumprimento no prazo para a entrega da área, que se encerrou na ultima sexta-feira, 30/06, onde as mudanças das famílias já haviam sido retiradas e levadas para outros acampamentos. Cumprindo assim, o acordo firmado com a justiça e o dono da fazenda.

O MST reafirma sua principal função, na luta pela terra, onde continuara na pressão com o Incra para a compra dos 60 alqueires, que o fazendeiro ainda continua ofertando, para o assentamento das 20 famílias que ainda se encontram nesta área ocupada.

Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.