Sem Terra realizam escola estadual de formação política no Maranhão

Por Reynaldo Costa 
Da Página do MST

Acontece em São Luís, desde o ultimo dia 18 e vai até sábado (29), a edição 2017 da Escola Estadual de Formação Política, promovida pelo MST. 

O curso conta com 62 participantes de seis organizações: MST, Movimento dos Atingidos pela Base de Alcântara, Movimento Quilombola do Maranhão do Maranhão, Levante Popular da Juventude, Federação dos Trabalhadores da Agricultura no Maranhão e da Pastoral da Juventude. 

Todos os anos, o MST do Maranhão realiza uma atividade de formação politica para jovens militantes das áreas de assentamentos e acampamentos da organização. A Escola Estadual de Formação Política tem como objetivo ajudar jovens e adolescentes a compreender melhor os diversos acontecimentos que se apresentam na sociedade, isso a partir de uma visão dos trabalhadores, contribuindo para um conhecimento crítico sobre a realidade brasileira.

Neste ano de 2017 o MST desafiou-se a fazer uma escola de formação massiva, com a participação de outras organizações da classe trabalhadora do campo e da cidade. 

A escola está focada no debate, aprofundamento e compreensão da conjuntura atual. Outra característica desta edição é o envolvimento direto dos educandos em atividades de lutas e mobilizações, foram três: Jornada de Luta em defesa de Alcântara; ato contra Temer na sede da Justiça Federal e no Ministério da Fazenda. 

Entre os vários temas em estudo, a escola debate “o papel da juventude diante dos desafios políticos e organizativos dos trabalhadores. Para Daniele Silva, filha de assentada, as temáticas que envolvem a juventude são as que ela mais gosta. Sobre a importância da atividade para a juventude ela reflete: “O curso é muito importante para a juventude por tratar de assuntos que nos afetam diretamente, como  a questão da politica, pois é nela que se encontram as decisões sobre o que nos atinge de bom ou ruim.”    

Mesmo promovida pelo MST a Escola Estadual construiu uma identidade de diversas pautas que os movimentos presentem carregam no seu dia – dia, e vem instigando o entendimento da necessidade de cada um. Amaury Ramos é de uma comunidade quilombola de Alcântara, ameaçada pela expansão da Base de Lançamento de Alcântara ver no curso informações e conteúdos que podem a ajudar na resistência peça permanência de sua comunidade ele afirma ainda: “Vir para curso aqui e conhecer esses outros movimentos e saber que podemos contar com eles e eles com a gente, isso faz crescer nossa luta”.  Conclui dizendo “minha tarefa é repassar o aprendido aqui para os demais da minha comunidade”.

Outras atividades de formação políticas estão previstas para o Maranhão até o final do ano, entre ela o Curso Básico envolvendo também militantes dos estados do Tocantins e do Pará