Assentados comemoram colheita de feijão sem agrotóxico no Maranhão

Para o próximo período, os trabalhadores já planejam dobrar o tamanho da área a ser cultivada.

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Por Reynaldo Costa
Da Página do MST

 

Está em fase de conclusão a colheita de feijão do Assentamento Cristina Alves, em Itapecuru Mirim, a 115 km da capital maranhense. A produção é sem veneno e coletiva e os resultados já fazem os trabalhadores planejar uma produção maior para o próximo período.

No sábado (29), as famílias do Assentamento Cristina Alves, comemoraram 10 anos da conquista da terra, uma área que antes estava destinada ao cultivo de eucaliptos e hoje vem se consolidando na produção de alimentos. Nesta primeira década de existência, foram realizadas muitas experiências na produção agroecológica e orgânica, esta semana é a vez da comunidade concluir a colheita da primeira experiência de feijão completamente sem uso de agrotóxicos.

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A área cultivada é de 5 hectares e a perspectiva é de uma colheita perto dos 3 mil quilos do grão. Todas as etapas, desde a preparação do solo até a colheita, foram trabalhadas de forma coletiva. Em nenhum momento os trabalhadores usaram quaisquer componentes químicos na plantação, o que torna este feijão um alimento saudável.

A variedade cultivada no Assentamento Cristina é conhecida como feijão caupi BRS, uma das variedades mais consumidas no Norte e Nordeste do Brasil, uma importante fonte de proteína, fibras e minerais.

O feijão será repassado para a Prefeitura de Itapecuru Mirim que comprará o produto através do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

Para o próximo período de produção, os trabalhadores já planejam dobrar o tamanho da área a ser cultivada.

 

 

*Editado por Rafael Soriano