MST inicia Feira da Reforma Agrária na Ceilândia

Durante três dias a maior região administrativa do Distrito Federal recebe uma diversidade de artesanatos e alimentos produzidos por assentados e acampados.

 

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Queijos e doces estão na lista dos produtos que estão disponíveis na feira da Reforma Agrária. Foto: Mídia Ninja

 

Da Página do MST 

Entre os dias 4 e 6 de agosto, a maior região administrativa do Distrito Federal, Ceilândia, recebe uma diversidade de artesanatos e alimentos produzidos pelas famílias assentadas e acampadas do MST. 

A 3ª etapa do Circuito de Feiras e Mostras Culturais da Reforma Agrária do Distrito Federal e Entorno é realizada na Praça do Trabalhador e traz em sua programação várias atividades de debates, como seminários e roda de conversas, além de música, teatro e ciranda infantil. Em meio a tudo isso, ainda é possível se deliciar com comidas típicas do cerrado brasileiro. 

No ato político de abertura da Feira, ocorrido na noite desta sexta-feira (04), diversos representantes de sindicatos, partidos políticos como os deputados distritais do PT, Ricardo Vale e Chico Vigilante, bem como a deputada federal Erica Kokay, que saudou a iniciativa do Movimento e afirmou que “a luta pela terra é a luta pela nossa brasilidade”. 

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Ato político de abertura da do Circuito na noite desta sexta-feira.
Foto: Mídia Ninja.

De acordo Lucimar dos Santos, da Direção Nacional do MST, além do papel de um espaço popular de comercialização, a Feira é uma oportunidade de aprofundar o diálogo político e social entre a população do campo e da cidade. 

“A Feira é um espaço do MST demonstrar que a produção de alimentos saudáveis é um ato político, em contraponto a hegemonia do agronegócio. A Feira apresenta uma produção camponesa que tem base no trabalho organizado cooperado para a construção de um Projeto Popular de sociedade em nosso país”. 

Movimentos sociais como o Levante Popular da Juventude, Via Campesina e Movimento de Mulheres Camponesas, também marcaram presença no ato. Assim como o Conselho Indígena do DF, com a representação de Kamuu Dan Wapichana, que saudou o evento e denunciou a ausência de reconhecimento dos povos indígenas no DF.

Os Movimentos urbanos da Ceilândia também abriram as portas para receber a Feira da Reforma Agrária. Segundo Max Maciel, do Jovem de Expressão da Ceilândia, “ocupar as praças e produzir cultura pra cidade é o papel dos movimentos da cidade. Essa é uma experiência que aprendemos com o MST”. 

Além de Ceilândia, o Circuito passará por Unaí (MG) no final do ano. Cidades como Planaltina (DF) e Formosa (GO) já receberam o evento. Confira a cobertura.
 

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Máximo Mansur dá um show de poesia e cantoria na Praça do Trabalhador. Foto: Mídia Ninja.