MST capixaba realiza II Feira da Reforma Agrária em Vitória

Mais de 15 mil pessoas passaram pela feira, que ocupou por três dias a Praça Costa Pereira, no centro da capital do Espírito Santo.

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Por Mariana Motta
Da Página do MST

 

Durante três dias, a Praça Costa Pereira no Centro de Vitória foi marcada pela diversidade, troca de experiências e aproximação dos trabalhadores do campo e da cidade. Mais de 15 mil pessoas passaram pela feira durante toda a programação.

Com a realização da II Feira de Produtos da Reforma Agrária do Espírito Santo, dezenas de camponeses e camponesas construíram e vivenciaram um espaço de muita troca com os trabalhadores da cidade. Além da experiência da relação comercial, esteve presente também a troca de experiências sobre o uso de plantas e dos alimentos em geral, além do debate político e da interação cultural.

A levou à capital capixaba uma diversidade de produtos da Reforma Agrária: foram mais de 20 toneladas de alimentos comercializados, entre alimentos in natura e agro-industrializados, além de diversos tipos de plantas medicinais, ornamentais, artesanatos, produtos de saúde popular e os pratos da tradicional “Culinária da Terra”.

Foram cerca de 100 feirantes de 25 assentamentos e acampamentos da Reforma Agrária do Espírito Santo, com representação do MST dos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e da Associação de Moradores do Município da Serra (AMUS).

O grupo de feirantes e o público em geral interagiram também nas atividades culturais realizadas na Praça Costa Pereira. A feira teve uma programação cultural variada, com apresentação dos grupos Regional da Nair, Forró Chapéu de Palha e 5.Samba. Foram diferentes ritmos como samba, forró, hip hop. Além dos debates políticos e de uma bela homenagem às Revoluções Russa e Cubana, com a participação de Ademar Bogo (Universidade Federal da Bahia) e Olga Pérez Solto (Universidade de Havana).
 

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Adelso Rocha Lima, do Assentamento Valdício Barbosa dos Santos e da Direção Estadual do MST, afirma que a Feira da Reforma Agrária diminui a distância entre produtos e consumidores, e também aproxima e fortalece a articulação da classe trabalhadora, estimula a cooperação, sendo um espaço alegre, de interação e festa. “Isso nos credencia e compromete para a realização de nova edição da Feira da Reforma Agrária, mas também de construir outros espaços semelhantes, mais amplos, periódicos, envolvendo maior número de famílias assentadas e acampadas e outros setores da sociedade,” afirmou.

“Participar da Feira da Reforma Agrária é uma experiência muito importante. Poder conhecer outras experiências do movimento e o tamanho da nossa luta”, disse Renilda Amorim, do Assentamento Zumbi dos Palmares.

Durante a feira, moradores da Grande Vitória reforçaram a importância e a necessidade de que espaços como esse sejam realizados com mais frequência. Para o MST, o espaço contribuiu na relação dos trabalhadores do campo e da cidade, e para mostrar os alimentos e demais produtos como resultados da luta pela Reforma Agrária. “As feiras têm sido muito importante para nós moradores e com toda a programação cultural também ajuda a revitalizar o centro de Vitoria”, disse uma moradora local.

 

*Editado por Leonardo Fernandes