Famílias Sem Terra resistem a despejo no Tocantins

O MST exige a destinação da área, que é de propriedade da União, para fins da Reforma Agrária.

 

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Da Página do MST 

Na manhã desta terça-feira (19), mais de 500 famílias do Acampamento Olga Benário, município de Fortaleza do Tabocão/TO, resistiram ao despejo da área da Fazenda Santa Barbara. A propriedade é da União e foi ocupada pelas famílias em Abril deste ano.

 
De acordo a direção do Movimento no estado, o dia foi de grande luta e pressão às famílias, porém a luta continua. Pois, trata-se de terras públicas, da União, e devem servir para atender o interesse coletivo e social.

Após várias movimentações do MST na Defensoria pública da união, no MPF e com a Comissão de Direitos Humanos da OAB para suspensão da liminar de despejo, a Justiça Federal concedeu um prazo para desocupação voluntária até o dia 11 de outubro, caso as famílias não cumpram a decisão o Estado usará do aparato policial para promoção do despejo.

 

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Além do forte aparato policial federal, militar e civil, também esteve presente no Acampamento Olga Benário o Incra, a Ouvidoria Agrária Regional e Nacional, a Defensoria Pública Agrária, a Renap e a CPT Araguaia/Tocantins.

Vários protocolos foram feitos durante todo o dia de terça-feira, porém as famílias decidiram continuar ocupando a área, uma vez que residem no local e tem realizado vários plantios de melancia, mandioca, hortaliças, entre outros, para sua subsistência. 

O MST exige do Incra a destinação destas terras para a Reforma Agrária e que seja criado um projeto de assentamento para contemplar as famílias que estão na luta pela terra na região desde 2013.

 

*Editada por Iris Pacheco