Em Jornada de Lutas, Sem Terra ocupam Terracap em Brasília

Entre as principais reivindicações estão a efetivação do assentamento Roseli Nunes e do assentamento 8 de março, além da imediata perícia da área e a implementação do Projeto de Desenvolvimento Sustentável.
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Por Adriana Gomes
Da Página do MST 

A Jornada Nacional de Lutas de Outubro começou nesta segunda-feira (16) no Distrito Federal com cerca de 400 trabalhadoras e trabalhadores Sem Terra ocupando a Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap) 

Entre as principais reivindicações estão a efetivação do assentamento Roseli Nunes e do assentamento 8 de março, além da imediata perícia da área e a implementação do Projeto de Desenvolvimento Sustentável, o acertamento fundiário e o cancelamento do plano de utilização da terra do Acampamento 27 de setembro.

Segundo a comissão de negociação do MST-DF, a Terracap e a Secretaria da Agricultura se comprometeram em dar encaminhamento às pautas relativas aos acampamentos 8 de março e Roseli Nunes, em Planaltina e do acampamento 27 de setembro, no Gama. Dentro das negociações está a celeridade com relação à perícia das áreas em questão para que sejam iniciados os Projetos de Desenvolvimento Sustentável, acertamentos fundiários e estudos de viabilidade ambiental para os assentamentos.

Edineide Rocha, da direção estadual do MST, explica que as reivindicações de regularização de acampamentos e perícia de áreas públicas são de suma importância, pois essas terras deveriam ser destinadas à reforma agrária com urgência, e que as mobilizações fazem parte da Semana Mundial da Alimentação Sustentável e afirma que o pequeno produtor é responsável por 70% da produção de alimentos que chega à mesa dos brasileiros.

“Estamos mobilizados e mobilizadas em todo o Brasil para defender a Reforma Agrária como política estruturada e estruturante do campo  para dialogar com a sociedade sobre a urgente necessidade de transição a uma alimentação saudável. Nesse sentido, reafirmamos nosso compromisso com a classe trabalhadora de continuar mobilizando nossas famílias para enfrentar os desmandos desse Governo Federal e do Congresso Nacional, que estão implementando um brutal retrocesso nas conquistas sociais garantidas pela Constituição Federal. Somos convictos de que a Reforma Agrária é um dos caminhos para a geração da renda, para um projeto de qualidade de vida e de um novo modelo agrícola que garante a produção de alimentos saudáveis para o povo brasileiro”, concluí.