Região sul realiza II Seminário de Agroecologia das Escolas do Campo
Por Juliana Adriano
Da Página do MST
A construção da agroecologia enquanto modo de vida, que não alimenta a exploração dos seres humanos sobre a natureza ou sobre outros seres humanos, se dá por meio de inúmeras ferramentas. Entre os dias 24 e 26 de outubro se reúnem em Chapecó (SC), cerca de 120 pessoas da região sul, para o II Seminário de Agroecologia das Escolas do Campo e a Feira da Reforma Agrária, demonstrando a diversidade da produção do MST.
O seminário é fruto da parceria entre MST, Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Reúne educadores e educadoras, estudantes, camponeses e camponesas e lideranças comunitárias, com o objetivo de refletir sobre como avançar na construção da agroecologia nos assentamentos e acampamentos.
Antônio Andriolli, vice-reitor da UFFS, afirmou que “a educação precisa contribuir para a superação do patriarcado, uma lógica que estimula a violência e a destruição dos recursos naturais”. Segundo ele, “a universidade precisa contribuir para a construção do direito humano a terra, a água, ao alimento, à vida saudável”. “Não podemos aceitar a tentativa de criminalização da relação entre universidade e sociedade”, concluiu.
A atividade coloca em evidência que a construção das escolas e da Reforma Agrária Popular são uma via de mão dupla. Para Edgar Kolling, da Direção Nacional do MST, trata-se de “uma interação muito fecunda, que ajuda a forjar a formação dos seres humanos novos que queremos formar, pois permite que as nossas escolas desenvolvam uma pedagogia mais coerente com a formação humana, com esse processo de lutar e construir tanto a Reforma Agrária Popular, mas também da sociedade e na formação do novo homem e da nova mulher”.
*Editado por Leonardo Fernandes