Educadores do MST denunciam o desmonte da educação do campo

As atividades seguem até sábado (28) com diversos debates que apontam a necessidade da organização política e da construção de um projeto pedagógico popular.
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Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia
Da Página do MST
Fotos: Gleiton Guima

 

Cerca de 400 pessoas participam, desde quinta-feira (26), do 19º Encontro Estadual dos Educadores e Educadoras do MST com o lema “30 anos do MST: por uma educação pública, popular e socialista!”.

As atividades seguem até sábado (28) com diversos debates que apontam a necessidade da organização política e da construção de um projeto pedagógico alinhado as lutas contra o desmonte da educação do campo, que tem ampliado o processo de fechamento de escolas em todo país.

Djacira Araújo, do setor estadual de educação, destaca a importância do evento para realizar um balanço que sistematize os avanços, desafios e perspectivas da educação do campo na Bahia.

“Temos muito que avançar, ainda mais agora que o governo golpista esfaqueou a educação brasileira. Os entraves vividos no país mostram o total descaso com a educação e isso é reflexo da política que o governo tem realizado”, explica Araújo.

Nesse sentido, Rowenna Brito, da Secretaria de Educação do Estado da Bahia, ao fazer uma análise desses retrocessos fala da necessidade de fazer uma reforma do ensino médio, não uma reforma como propõe o governo ilegítimo de Michel Temer, que visa o retrocesso do Brasil. “Precisamos de uma escola que pensa e prioriza o indivíduo de forma integral”, ressalta Brito.

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O Governo alega ter feito a Reforma do Ensino Médio com a perspectiva da flexibilização, o mesmo usado na primeira reforma em 1961 quando os militares fizeram. “Isso quer dizer que nós da classe trabalhadora não conseguiremos concluir os estudos e que já sairemos prontos para ingressar no mercado de trabalho, oferecendo mão de obra barata ao capital”, explica Stella Rodrigues, da Universidade do Estado da Bahia (UNEB).

Além Disso, ela afirma que existe uma disputa entre os três poderes,- judiciário, legislativo e executivo-, e que os mesmos estão lutando pela hegemonia do país, consequentemente isso é refletido na educação, nas favelas e no emprego da juventude.

Foi nesse sentido, que a pedagogia socialista foi apontada enquanto instrumento pedagógico e de organização das bases para o fortalecimento de uma perspectiva social e revolucionária, com foco no latifúndio do saber.