LGBTs Sem Terra realizam assembleia Encontro Estadual no Ceará

Objetivo da assembleia foi construir novas relações de gênero dentro do MST, fomentar a discussão entre os sujeitos LGBTs e consolidar um coletivo no estado de Ceará.

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Por Aline Oliveira
Da Página do MST

 

Cerca de 80 LGBTs Sem Terra participaram da 5ª assembleia realizada dia 16 de dezembro durante o 30° Encontro Estadual do MST Ceará, que aconteceu no Centro de Ensino e Treinamento em Extensão (CETREX), no município de Caucaia.

A atividade teve como objetivos construir novas relações de gênero dentro do MST, fomentar a discussão entre os sujeitos LGBTs e consolidar um coletivo no estado de Ceará. Na ocasião também foi lançado o Caderno de Formação nº05, “Diversidade Sexual no MST – Elementos Para o Debate” e repasse dos informes do curso de formação política que aconteceu de 30 de outubro a 4 de novembro no  Escola Nacional Florestán Fernandes, em São Paulo.

Para Sintia Gonçalves da direção estadual do MST e membro da coordenação do coletivo LGBT do estado, “formar nossa base é uma tarefa necessária, um dos grandes desafios na construção da Reforma Agrária Popular, para que as pessoas possam compreender que os sujeitos LGBTs também constroem esse projeto. Não podemos ignorar, camuflar nossa existência, estamos nos assentamentos, acampamentos, nas instâncias organizativas do nosso movimento”.

Ainda segundo Sintia: “é preciso se organizar e criar espaços de formação para debater a temática dentro do MST, combater à LGBTfobia. Nesse contexto, um dos encaminhamentos que fizemos foi de  construir um grande seminário ainda no primeiro semestre do ano de 2018”, anunciou.

 

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Já Antoniel Silva, educador da Escola Nacional Florestán Fernandes, e sujeito LGBT Sem Terra, “a V assembleia LGBT Sem Terra é um espaço importante, principalmente no atual momento da luta de classes, compreendo que os sujeitos LGBTs estão se insurgindo em meio a uma conjuntura tão complexa”. 

“Esse espaço político que conquistamos dentro do MST é fruto de um longo processo de debate. Portanto, a nossa assembleia é um momento importante para planejarmos os próximos passos, fortalecer a organicidade do nosso coletivo. É um espaço para elevarmos a nossa consciência para fazermos a contra hegemonia a essa sociedade machista, homofóbica”, afirmou.

 

*Editado por Leonardo Fernandes