Desafios para 2018: defender a democracia, Lula e a realização do Congresso do Povo

Durante mesa de Análise de Conjuntura dirigentes apontam os desafios da população brasileira
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Fotos: Jonas Santos

 

Por Jamile Araújo
Da Página do MST

Para dar continuidade às atividades do 30º Encontro Estadual do MST na Bahia, foi realizada, na tarde da quarta-feira (10), uma mesa de Análise de Conjuntura com o objetivo de trazer o cenário político e os grandes desafios do povo brasileiro para 2018 e para o próximo período.

O espaço contou com a participação de Gleisi Hoffmann, Senadora e Presidenta Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), e João Pedro Stédile, da Coordenação Nacional do MST.

Para Stédile, são duas as tarefas a serem cumpridas no curto prazo. A primeira fazer uma grande mobilização em Porto Alegre e em todo o Brasil antes e durante o dia 24 de janeiro, para impedir a inabilitação e prisão de Lula, com a realização de vigílias, acampamentos e mobilizações. A segunda, e última tarefa, é a realização do Congresso Nacional do Povo no mês de julho, construindo processos locais e estaduais para mobilização da população, com o objetivo de debater quais são os reais problemas do povo, quais são os culpados e o que fazer
para mudar o Brasil.

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Ele disse também que no cenário atual existem contradições entre os inimigos do povo,- a burguesia-. “Apesar das medidas na economia contra o povo, como a retirada de direitos e cortes, não houve saída da crise. O projeto deles não é um projeto de nação e o povo não se reconhece nele. Há fraturas entre esse bloco e esse é o governo com menor legitimidade da história da república no país”, pontuou.

Ainda sobre o tema da investida da direita para prender e inabilitar a candidatura de Lula, Stédile frisou que “Lula representa a classe trabalhadora brasileira, se prenderem ele, estão prendendo a classe trabalhadora”, finaliza. Glesi Hoffmann, em sua fala, saudou o MST, a história de luta e resistência do Movimento no enfrentamento, não somente na disputa pela terra, mas na luta pela democracia e pela soberania nacional. Para a senadora é preciso “fortalecer os movimentos sociais e a organização popular”.

Diante da perseguição e seletividade do judiciário e mídia golpista ao ex-presidente Lula, Gleisi ressaltou a necessidade de “não sair das ruas, e mostrar para eles que não tem base para inabilitar e prender Lula. Faremos uma luta sistemática no Brasil. Eles que venham, pois estamos preparados”, concluiu.

O Encontro Estadual do MST segue até domingo (14), em Salvador, e conta com uma ampla agenda de debates e reflexões para nortear a ação do movimento durante o ano.

Confira detalhes da programação e do evento aqui.