No Ceará, Sem Terra conquistam diploma da segunda Licenciatura em Educação do Campo

A turma que teve início em novembro de 2015, recebeu o nome de “Eldorado de Carajás” em homenagem aos mortos do massacre que aconteceu no Pará no ano de 1997
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Divulgação/MST

 

Por Aline de Oliveira 

Dá Página do MST

 

Na noite da última sexta feira (2), o MST celebrou a formatura de 63 educadores e educadoras das áreas de Reforma Agrária do Ceará. O evento aconteceu no auditório central do campo Betânia, na Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), em Sobral, interior do Ceará. 

A segunda Licenciatura em História e Geografia é uma conquista do MST junto à UVA, através do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), via Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

A turma que teve início em novembro de 2015, recebeu o nome de “Eldorado de Carajás” em homenagem aos mortos do massacre que aconteceu no Pará no ano de 1997. Na ocasião, 21 Sem Terra foram covardemente assassinados.

Segundo Andréia Castro, dirigente do setor de educação do MST no Ceará e também formanda: “o estudo para o Movimento é um principio, precisamos a cada momento histórico acompanhar o ritmo das mudanças e aperfeiçoar cada vez mais os nossos conhecimentos. Essa turma teve a intenção de aprimorar o conhecimento dos educadores e educadoras das nossas escolas do campo para fortalecer a nossa educação. Isso faz com que possamos trazer para dentro da escola uma possibilidade de entendimento da realidade e de construção coletiva”, afirmou.

Castro ressalta ainda a importância do Pronera dentro desse contexto: “sabemos que sem esse programa dificilmente os filhos e filhas da Reforma Agrária teriam essa oportunidade, entendo que o ingresso de militantes do MST na universidade representa o rompimento das cercas do latifúndio do saber. Além disso, o Pronera completa 20 anos que vem formando jovens e adultos oriundos do campo, é sem duvida motivo pra comemorarmos essa importante conquista”, finalizou.