Mulheres saem às ruas da Paraíba em Jornada Nacional de Lutas
Por Thais Peregrino
Da Página do MST
Com o lema: ‘’Quem não se movimenta, não sente as correntes que as prendem’’, mulheres camponesas da Paraíba se mobilizaram em todo estado em mais uma e Lutas das Mulheres SemJornada Nacional d Terra.
Com a ação, as mulheres defendem o acesso democrático à água, uma vez que a obra da transposição ainda não beneficiou os moradores da região.
Na região do Alto Sertão, no município de Coremas, cerca de 300 trabalhadoras rurais ocuparam a Usina de Coremas suprida pelo açude de Coremas e administrada pela Companhia Elétrica do Rio São Francisco (CHESF). A barragem recebe hoje a água do Eixo Norte da transposição do Rio São Francisco.
Segundo o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), o Ministério da Integração Nacional, investiu no ano de 2017, 16 milhões na recuperação das barragens de Coremas e Mãe D’Água para a chegada das águas do Rio São Francisco, investimento que deveria beneficiar mais de 70 mil paraibanos da região.
A denúncia da má gestão e da monopolização dos recursos naturais que deveriam ser distribuídos como bem comum é uma das pautas que compõe a Jornada de Lutas.
Já em João Pessoa, cerca de mil mulheres da cidade e do campo iniciaram a Jornada de Lutas na Paraíba ocupando às ruas do centro da capital para denunciar a violência institucional gerada pelo desmantelo dos direitos já conquistados pela classe trabalhadora.
A concentração aconteceu por volta das 8h na praça dos Três Poderes, local marcado pelas mobilizações sociais do estado.
Já as mulheres Sem Terra de Borborema e do Curimataú, somaram na IX Marcha Vida das Mulheres e pela Agroecologia no município Lagoa da Roça.
A marcha é organizada pelo 9° ano consecutivo por mulheres agricultoras da Borborema que integram o Polo da Borborema, uma articulação de 14 sindicatos de trabalhares rurais da região em parceria com a AS-PTA Agricultura Familiar e Agroecologia.