Após ocupação, famílias sofrem com ameaça de despejo em Duartina

Em nota, sindicatos e organizações repudiam os atos de intimidação e violência, além de demonstrar apoio aos Sem Terra acampados no local

 

Da Página do MST 

As famílias acampadas na Fazenda Esmeralda, em Duartina, São Paulo, estão sob ameaça iminente de despejo. A ocupação, que conta com 350 famílias Sem Terra, teve início na manhã da última quarta-feira (7), na mesma data, o mandato de reintegração de posse foi expedido.

O MST reivindica a área para fins de Reforma Agrária por se tratar claramente de uma propriedade que é resultado de corrupção e que vem servindo para articulações das ações escusas de Michel Temer, Coronel Lima e demais políticos e empresas relacionadas.

Desde o início da ocupação, são recorrentes as ameaças por parte de jagunços e pistoleiros, que cercam o acampamento e tentam intimidar as famílias. Houveram perseguições e o clima de tensão é constante. A Polícia Militar também tem feito movimentações hostis no local com xingamentos e ameaças.

O MST repudia tais ações de violência e informa que permanecerá na área até que as reivindicações sejam atendida. Para isso, solicitamos uma audiência imediata com o presidente nacional do  Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Leonardo Gois, nas dependências do acampamento.

Em nota, sindicatos e organizações repudiam os atos de intimidação e violência, além de demonstrar apoio aos Sem Terra acampados no local.

 

Acompanhe a nota:

Nota pública em apoio à ocupação dos trabalhares sem-terra na Fazenda Esmeralda, no município de Duartina

Reunidos em Bauru no dia 9 de março, entidades sindicais, partidos políticos e organizações sociais deliberaram total apoio às famílias acampadas na Fazenda Esmeralda, no município de Duartina, cuja propriedade, segundo denúncias, seria fruto de corrupção e teria ligações com Michel Temer.

As entidades abaixo assinadas consideram legítima a reivindicação das 350 famílias e consideram de extrema importância que o Ministério Público apure as denúncias feitas pelo MST, bem como cobram responsabilidade dos órgãos públicos, especialmente o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), na solução do conflito e no atendimento dos movimentos de luta pela terra.

Bauru, 09 de março de 2017

 

Assinam:

Frente Brasil Popular – Bauru
Subsede de Bauru da CUT/SP
Sinergia/CUT
Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil de Bauru e Região
Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil de Duartina e Região
Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil de Botucatu e Região
Sindicato dos Papeleiros de Jaú e Região e centro-oeste paulista
Sindicato dos Trabalhadores Calçadistas de Jaú
Sindicato dos Trabalhadores Coureiros de Botucatu e Região
Apeoesp
Sindicato dos Ferroviários de Bauru, MT e MS
PT/Bauru
PT/Duartina
Macrorregião do PT/Bauru
Psol/Bauru
Sindicato dos Gráficos de Jaú e Região
PT/Cabrália Paulista
Sindicato dos Jornalistas de SP