A militância do Estado do Rio de Janeiro acordou mais triste e indignada

Por sua atuação como defensora de direitos humanos, liderando processos de denúncias de violações do estado, Marielle foi colocada como potencial foco das forças repressoras

 

Da Página do MST 

 

É com imenso pesar que nos deparamos com o assassinato da companheira e amiga Marielle Franco e do companheiro Anderson Pedro Gomes.

O crime foi brutalmente executado na noite do dia (14) por volta das 21h30 no bairro do Estácio, Rio de Janeiro. O local em minutos ficou lotado de militantes, o que expressa a nossa indignação  e a necessidade de estarmos juntos num momento de brutal intervenção que sofre o Rio.

Mulher, negra, mãe, militante, cria da Favela da Maré e vereadora eleita pelo (PSOL-RJ). Marielle desde cedo atuava em defesa das famílias moradoras da favela.

Por viver a opressão do estado e do tráfico forjou a sua luta e militância no campo dos direitos humanos. Presente desde o primeiro mandato do deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ), ampliou a sua militância na luta em defesa da classe trabalhadora.

Sua luta era pautada em questões centrais como o racismo, mulheres, LGBTS e moradores de comunidades e direitos humanos.

Forte companheira e defensora da Reforma Agrária e do MST, foi uma das principais responsáveis pela articulação entre campo e cidade ajudando a organizar diversas visitas aos assentamentos do MST.

Recentemente tinha assumido a relatoria da comissão que acompanhará a intervenção federal no Rio de Janeiro com a tarefa de fiscalizar as forças militares, visitar territórios e solicitar informações sobre a intervenção.

No último dia (10), Marielle denunciou uma ação de policiais militares do 41 BPM na Favela de Acari. Segundo a denuncia de moradores, os PM&”39;s assassinaram dois jovens e jogaram os corpos em um valão.

Por sua atuação como defensora de direitos humanos, liderando processos de denúncias de violações do estado, Marielle foi colocada como potencial foco das forças repressoras.

Diante dessa tragédia que enche nossos corações de dor, prestamos aqui nossa total solidariedade e desejamos força neste momento. Aos familiares e amigos de Marielle e Anderson Pedro Gomes nosso profundo respeito. 

Também convocamos toda a militância Sem Terra para que a partir dos seus locais se mantenham em luta e resistência como ato de demonstração de nossa força e mobilização. Não nos calaremos diante de tanta atrocidade que sofre o estado do Rio de Janeiro e toda a classe trabalhadora. 

 

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