Uso intenso de agrotóxicos contamina águas

O uso de agrotóxicos pelo agronegócio afeta a saúde das pessoas diretamente expostas, mas a contaminação ambiental leva os venenos à toda a sociedade, sobretudo através da água.

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Da Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida

 

A Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida é uma articulação nacional que reúne organizações de diversos campos, com objetivo de denunciar os efeitos dos agrotóxicos no Brasil, e anunciar a agroecologia como projeto alternativo e necessário para produção de alimentos e vida no campo.

O uso de agrotóxicos pelo agronegócio afeta a saúde das pessoas diretamente expostas, mas a contaminação ambiental leva os venenos à toda a sociedade, sobretudo através da água.

Denunciamos o agronegócio pelo uso da pulverização aérea de agrotóxicos como arma química, contaminando propositalmente a água de comunidades indígenas e sem terra, com objetivo de expulsar os camponeses de suas terras.

Denunciamos também a conivência do poder público, que autoriza a presença de 27 agrotóxicos na água potável, em limites que chegam a ser 5000 vezes maiores do que os limites existentes na União Europeia, como é o caso do Glifosato. Para outros 355 agrotóxicos autorizados no Brasil, não há sequer limites estabelecidos, tampouco procedimentos de monitoramento.

A presença já comprovada de agrotóxicos nos aquíferos Guarani e Jandaíra é uma prova irrefutável de que não há limites para destruição causada pelo agronegócio e seus defensores.

O oligopólio internacional do mercado de sementes e agrotóxicos, hoje concentrado em apenas 3 mega-corporações é uma ameaça ao futuro da humanidade, pois tende a forçar cada vez mais o aprisionamento das famílias camponesas dentro do seu ciclo vicioso e pode fazer desaparecer o conhecimento e as sementes cultivadas há milênios pelos povos do mundo.

Assim, convidamos a todos os movimentos sociais a se unir na luta por um modelo de produção de alimentos saudáveis para quem planta e quem come, e que ao invés de exaurir as fontes hídricas, produz água, vida e justiça social.

 

 

*Editado por Rafael Soriano