“A Reforma Agrária Popular é um instrumento que legitima as mulheres nos espaços de poder”
Da Página do MST
No último dia 14, foi realizada a 1º Plenária das Mulheres Sem Terra, no município de São Sebastião do Passé, no recôncavo baiano.
A plenária abriu a Jornada Nacional de Luta das Mulheres Sem Terra na região e contou com a participação de trabalhadoras assentadas e acampadas, mais a presença de lideranças femininas com atuação no poder público e organizações sociais, como Lucinéia Durães, do MST, Fabya Reis, da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), Renata Rossi, da Coordenação de Desenvolvimento Agrário (CDA), Brena Pinto e Danielle Ferreira, ambas do Partido dos Trabalhadores (PT).
Além da participação feminina, a plenária contou com a presença do deputado federal Valmir Assunção (PT-BA), da militância Sem Terra e do Levante Popular da Juventude.
Com o objetivo de construir parcerias na luta, o evento debateu o processo de organização e participação das mulheres na política. Nesse sentido, Fabya Reis, falou dos desafios e da importância da relação do projeto político defendido pelo MST com a sociedade.
“A Reforma Agrária Popular é mais um instrumento que legitima as mulheres nos espaços de poder, pois a ideologia do machismo e do racismo nos oprimem e submetem as mulheres negras a diversas situações de desigualdade”, explicou.
Para ela, o coletivo das mulheres do MST é um espaço onde se reafirma a decisão de estar à frente das ocupações, nas marchas e de todas as lutas do mês de março.
Por outro lado, Renata Rossi fez um balanço das lutas realizadas até então e destacou que no 8 de março as mulheres tomaram a frente e chamou atenção para o momento político atual. “A denúncia aos retrocessos e medidas golpistas do governo Temer precisam ser fortalecidas e a luta das Sem Terra apontou isso”, comentou Rossi.
Contra o latifúndio
“Quero destacar a ocupação em Valença [no baixo sul da Bahia], no dia 8, que homenageou a companheira Rosimeire São Pedro, falecida recentemente. Assim como Rosimeire discutia a participação e empoderamento, nós temos que discutir igualdade, para que tenhamos condições de construir uma sociedade mais justa para todos. Essa tarefa é dos homens e das mulheres do MST”, pontuou Durães.