Ceará recebe abertura da 5° Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária

Mais de 50 universidades brasileiras participam da Jornada Universitária em todo país
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Divulgação/MST

 

Por Aline de Oliveira
Da Página do MST

Nesta terça-feira(10), cerca de 200 pessoas, entre estudantes, professores e Sem Terra se reuniram no auditório central da Universidade Estadual do Ceará (UECE), em Fortaleza, para a abertura da 5° Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária, que esse ano tem como tema os 200 anos de nascimento do revolucionário Karl Marx.

Na mesa de abertura que teve como tema: “Atualidade do Pensamento Marxista: Desafios em Tempos de Crise”, estavam presentes a professora da Universidade Federal do Ceará (UFC), Gema Esmeraldo, Adelaide Gonçalves, do departamento de história da UFC e Maria de Jesus, dirigente estadual do MST.

Gonçalves destacou a importância da jornada no território acadêmico: “os temas discutidos aqui não surgem da academia, surgem da necessidade, são eleitos a partir do grande repertório do pensamento crítico e da luta social, daqueles lutadores e lutadoras que ousaram empurrar as fronteiras do conhecimento para derrotar o capital e a sua barbárie. Considero a Jornada Universitária a nossa rebelião possível dentro dos muros das universidades”, conclui.

Já para Maria de Jesus, da direção estadual do MST: “A atividade tem como eixo central a defesa da luta pela terra e pela Reforma Agrária, com ênfase nas conquistas dos movimentos sociais do campo. Além disso, realizar a Jornada Universitária é também demarcar território e garantir que as universidades sejam um espaço democrático”.

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Divulgação/MST

E completou:

“Vivemos tempos difíceis, a nossa tarefa é enfrentar o golpe, derrotar esse governo golpista que tem retirado direitos da classe trabalhadora, criminalizado as organizações populares. A prisão de Lula simboliza tempos obscuros para nossa luta, não podemos fraquejar, temos que seguir lutando e ocupando todos os espaços que nos é de direito”.

Lucas Assis, doutorando na UFC, falou sobre as impressões de sua experiência com a Jornada: “nós, alunos de escolas e universidades públicas, professores e integrantes de movimentos sociais, aprendemos com Francisco Julião, Florestan Fernandes, Josué de Castro, Antônio Cândido e, hoje, com Maria de Jesus, Adelaide, Gema e Lia, aprendi que a jornada dos desterrados há muito começou, com tantas Dorothys, Dandaras, e Marielles. Por isso, nossa tarefa aqui é vivenciar cada momento, aprender, fazer a luta e mudar as coisas”, afirmou.

Durante todo mês de abril a programação seguirá um ritmo de diversas atividades: mesas temáticas, cinema da terra, feiras da Reforma Agrária, feira do livro, debates, visitas a acampamentos, assentamentos e escolas do campo, palestras, entre outras.

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Divulgação/MST

Mais de 50 universidades brasileiras participam da Jornada Universitária em todo país. No Ceará, a atividade é realizada a partir de uma ampla articulação entre instituições de ensino superior e organizações comprometidas com a questão campesina, como a: Universidade Federal do Ceará (UFC – Fortaleza), Universidade Estadual do Ceará (UECE – Fortaleza, Crateús, Limoeiro do Norte),  Universidade Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB-Redenção), Universidade Regional do Cariri (URCA-Crato), Universidade Estadual Vale do Acaraú (UEVA), além de escolas de ensino de médio do campo entre outros.

A 5°Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária segue em todo país até 02 de maio.

 

 

*Editado por Maura Silva