“A Feira é um espaço de luta, onde estará presente a cultura camponesa de todo o país”

Sem Terra do Maranhão estão a caminho de São Paulo para a Feira da Reforma Agrária

 

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Por Mariana Castro
Da Página do MST 

As trabalhadoras e trabalhadores rurais do Maranhão, saíram nesta segunda-feira (30), de Imperatriz à São Paulo para participar da III Feira Nacional da Reforma Agrária. Este é um momento de divulgação e partilha de saberes, produção e cultura de acampamentos e assentamentos de todo o país.

Do Maranhão estarão presentes os assentamentos Juçara, Serafim, Itacira (Vila Conceição), Nova Conquista, Califórnia, Cristina Alves, PA Diamante Negro, Vila Kenion e Conceição Rosa. Entre as três toneladas de produtos levados por eles estão abóbora, inhame, arroz torrado, feijão manteiguinha, tiquira, azeite de babaçu, mesocarpo, mel, farinha de puba, doce de buriti, polpa de frutas típicas da região e artesanatos de babaçu e jatobá. 

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“Esse é um momento de divulgar e debater a Reforma Agrária, pautando a alimentação saudável e denunciando o modelo de agricultura do capital, baseado na monocultura e uso de agrotóxicos”, explica a coordenadora de produção do MST no estado, Letícia Viana. “Para nós esse também é um espaço de luta, onde estará presente a cultura camponesa de todo o país”, complementa.

Estima-se que na Feira estarão disponíveis cerca de 350 toneladas de alimentos da Reforma Agrária e mais de 900 produtores assentados. Além da comercialização dos produtos in natura e industrializados, o evento conta com o espaço “Culinária da Terra”, onde os visitantes podem provar pratos típicos de cada região. O Maranhão leva a panelada, arroz de cuxá, galinha caipira no azeite de babaçu, peixe frito no azeite babaçu, bolinho de macaxeira com carne de sol e outros, produzidos com ingredientes amazônicos e agroecológicos.  

Letícia explica ainda que “A Feira também é uma oportunidade para as pessoas comprarem os alimentos das mãos dos próprios produtores. Isso empolga a companheirada, que explica para os visitantes todo o processo daquele produto: onde e como foi plantado, cultivado e beneficiado. Isso é animador para os dois lados”. 

*Editado por Iris Pacheco