Em nota, Vigília Lula Livre denuncia ataques sofridos na noite desta quinta-feira (14)

O delegado da PF, Gastão Schefer Neto, foi fotografado pintando a palavra Bolsonaro no asfalto pouco tempo antes das investidas contra a Vigília
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O delegado da Polícia Federal (PF), Gastão Schefer Neto / Foto: Eduardo Matysiak

 

Da Assessoria de Comunicação da Vigília Lula Livre

 

O delegado da Polícia Federal (PF), Gastão Schefer Neto, o mesmo que quebrou o equipamento de som da vigília Lula Livre, em maio, foi fotografado por Eduardo Matysiak pintando a palavra Bolsonaro no asfalto, na noite desta quarta-feira (13), pouco antes do ataque com fogo à vigília.

Em nota, os manifestantes da Vigília Lula Livre denunciaram os ataques ao acampamento e reafirmam o seu direito de livre manifestação. “Respeitamos o direito à manifestação, assim como os moradores que não apoiam o nosso movimento. Frequentemente, buscamos ter contato e encontrar uma melhor condição de convivência para todos e todas. Ao mesmo tempo, reafirmamos e agradecemos a solidariedade de vários outros moradores da região”.

 

Acompanhe: 

As organizações que estão na Vigília Lula Livre há quase setenta dias, de forma pacífica, respeitando os acordos com a Secretaria de Estado de Segurança Pública e demais autoridades, repudiam a ação de indivíduos de extrema-direita que na noite de ontem (14), atacaram, ofenderam e proferiram frases preconceituosas contra integrantes da Vigília. 

Sem respeitar o interdito proibitório, esses indivíduos se colocam de forma agressiva na mesma região onde está concentrada a Vigília, sendo que os protestos contrários devem ocorrer no lado aposto do prédio da Polícia Federal, conforme decisão judicial.

A Vigília Lula Livre reafirma seu direito de fazer as manifestações respeitando o horário acordado das 9h às 19h30. O agrupamento de ontem, ao contrário, por conta de sua ação violenta, inclusive queimando pneus, acabou gerando forte barulho até depois da 1 hora da madrugada, desrespeitando o direito ao descanso e prejudicando os moradores. 

Da nossa parte, respeitamos o direito à manifestação, assim como os moradores que não apoiam o nosso movimento. Frequentemente, buscamos ter contato e encontrar uma melhor condição de convivência para todos e todas. Ao mesmo tempo, reafirmamos e agradecemos a solidariedade de vários outros moradores da região.

Denunciamos também que moradores que nos apoiam têm sofrido ameaças. Prezamos pela tolerância, pelo respeito e pelo nosso direito de nos manifestar, em uma via que é pública, em defesa do ex-presidente Lula contra uma prisão política e arbitrária. Seguiremos aqui, porque nos é assegurado pela Constituição e pelas autoridades. 

Seguimos na resistência!
Curitiba, 14 de junho de 2018.