25 mil pessoas participam da 4º Feira Estadual da Reforma Agrária, em Salvador
Além do dialogo permanente com a população soteropolitana, mais de 180 mil toneladas de produtos de acampamentos e assentamentos foram comercializados

Da Página do MST
Cerca de 25 mil pessoas passaram pela Praça da Piedade, no Centro de Salvador, entre os dias 14 e 16 de junho, durante a 4º Feira Estadual da Reforma Agrária. Além do dialogo permanente com a população soteropolitana, mais de 180 mil toneladas de produtos de acampamentos e assentamentos do MST na Bahia foram comercializados.

Os destaques da feira ficaram por conta dos debates e do espaço &”39;Culinária da Terra&”39;, que reuniu cozinheiros e cozinheiras de todo estado. Além disso, artistas, como: Ed do Forró, Magary Lord, Afro Muzenza, Ilê Ayê, Grupo Bambeia e Rosalvo José, se apresentaram no palco principal atraindo milhares de pessoas.
Para Felipe Campelo do setor de produção do MST, o evento cumpriu com os objetivos definidos pelo Movimento em sua concepção.
“Chegamos a reta final de nossa feira com sentimento de dever cumprido. Nosso objetivo era potencializar esse como um espaço de diálogo com a população soteropolitana, isso pôde ser visto nas apresentações culturais, nos debates e nas rodas de comercialização e conversa”, disse.

Já Lucineia Durães da direção nacional do MST, chamou atenção para o envolvimento dos Sem Terra na organização da atividade.
“Cerca de 100 pessoas organizadas em diferentes equipes de trabalho participaram da construção da feira. Desde a infraestrutura, passando pela segurança, limpeza, ornamentação, ciranda infantil, saúde, enfim. Foi a dedicação dessas equipes que fez esses dias de evento aqui em Salvador”, afirmou.

Ainda segundo Durães, a feira tem sido uma espécie de vitrine do MST, que há mais de três décadas, luta pelo direito à terra e à alimentação saudável.
“O que apresentamos aqui para a população não são os números, mas sim, o resultado de 35 anos de lutas e conquistas do MST. As pessoas que aqui vieram levaram em suas sacolas os frutos da resistência, da produção, cooperação e organização agrícola do povo Sem Terra.
Ao final da feira, os produtos excedentes, que não foram vendidos, foram doados a organizações e entidades soteropolitana.