Sem Terra reocupam a Fazenda Campo do Pó, no Extremo Sul da Bahia
Da Pagina do MST
Logo após a reocupação, os trabalhadores reiniciaram os trabalhos nas lavouras para garantir a produção da terra.
Os Sem Terra denunciam o poder Judiciário local que não tem levado em consideração as denúncias feitas pelos trabalhadores de que o latifúndio não cumpre sua função social, principalmente estando localizado numa região onde existem centenas de famílias desempregadas em busca de terra para plantar e produzir.
Além disso, durante o processo de reocupação e reconstrução do acampamento, os trabalhadores apontaram o modelo de produção do agronegócio como responsável pelo aumento do êxodo rural e dos índices de desigualdade social no país.
A área de 3.763 hectares foi ocupada pela primeira vez no mês de abril deste ano durante a Jornada Nacional de Lutas pela Reforma Agrária. A ocupação durou até maio, mês em que os Sem Terra receberam uma liminar de despejo.
Em relação a atual situação de conflito pela área, a direção do MST na Bahia avalia que existem – por parte do poder público – práticas que atentam contra os direitos humanos e que ferem os princípios da Constituição Federal.
Os Sem Terra afirmam que só sairão da área caso haja um novo decreto de desapropriação.