MST realiza 1º Encontro Nacional das Crianças Sem Terrinha

Mais de mil crianças de 24 estados do Brasil se reunirão para debater seus direitos
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Divulgação MST 

 

Da Página do MST 

 

De 23 a 26 de julho, o MST reunirá mais de mil crianças de acampamentos e assentamentos da Reforma Agrária em Brasília para o 1º Encontro Nacional das Crianças Sem Terrinha.

 

A atividade que acontecerá no Parque da Cidade Sarah Kubitschek sob o lema “Sem Terrinha em Movimento: Brincar, Sorrir, Lutar por Reforma Agrária Popular!”, terá caráter político, pedagógico e lúdico- cultural.

As crianças – com faixa etária entre 8 e 12 anos – sairão de 24 estados do Brasil para debater seus direitos e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), bem como a luta por escolas do campo, por alimentação saudável e Reforma Agrária Popular. A programação também contará com atividades culturais, educativas, brincadeiras, oficinas de arte e cultura, entre outras.
 

“A família das crianças Sem Terra luta para ter acesso à terra, educação, saúde, ou seja, condições dignas de vida. Nesse bojo, as crianças participam da luta, pois acompanham a família, sendo essa uma condição de vida da classe trabalhadora”, elucida a dirigente do setor de educação do MST, Márcia Ramos.

Toda construção do encontro foi pensada e está acontecendo de forma coletiva, a partir das demandas das próprias crianças, que participaram de oficinas anteriores, debates nas escolas do MST, Cirandas Infantis e encontros estaduais preparatórios. Durante o evento, elas participarão da coordenação geral e de equipes, como a comunicação e animação das atividades.

“Nós partimos do princípio de que as crianças são sujeitos de direito, podem e devem opinar sobre sua realidade e participar das decisões. Como elas estão inseridas nesse processo desde cedo, a gente trabalha com elas para que entendam a própria realidade e possam lidar com ela. Nesse sentido, ao longo das três décadas de luta, o MST construiu a sua própria pedagogia, que visa a emancipação humana, da criança e do adulto”, explica Ramos.