Marcha Nacional Lula Livre reúne movimentos sociais de todo o país em Brasília

O mar de povo ocupou Distrito Federal por Lula Livre hoje (14) por terra, trabalho e moradia

 

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Foto: Leonardo Milano 

 

Da Página do MST 

 

Após quatro dia e mais de 50 quilômetros de caminhada, os mais de 5 mil trabalhadores e trabalhadoras rurais integrantes da três colunas da Marcha Nacional Lula Livre se unificaram para dar continuidade no processo de marchar pelo Brasil.

 

O tão aguardado encontro das colunas, que marchavam de diferentes locais próximos a Brasília, marcou a luta pelo povo. As Coluna Tereza de Benguela (Amazônia e centro-oeste) e Coluna Ligas Camponesas (Nordeste) se encontraram primeiro. Após alguns minutos, a coluna Carlos Prestes se juntou ao mar vermelho, em um momento histórico para o MST e para a trajetória de luta do povo brasileiro.

 

O encontro foi de muita emoção e os marchantes realizaram um &”39;abraçaço&”39; entre todas as regiões do Brasil. Foi uma demonstração do que pode ser a força e a ousadia dos camponeses Sem Terra, estes dão o tom das lutas neste período tão conturbado no Brasil. Neste contexto tão importante da conjuntura no Brasil, o MST demarca o seu papel como instrumento político.

 

Maria Raimunda, do MST no Pará, emocionada com a beleza da Coluna em marcha, disse que esse processo de luta é o que dá força à classe. “Nossas fileiras são feitas de histórias, de sujeitos e de muita luta, pautada principalmente na construção de um país diferente, mais humano, igualitário e soberano”, pontua.

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Foto: Matheus Alves 

 

Jaime Amorim, integrante do MST e um dos sete militante que fazem greve de fome há 15 dias, mandou um recado para a Marcha reforçando que os grevistas estão firmes na decisão de manter o jejum, mesmo com a chegada da marcha. Para Amorim, a greve representa a luta contra a fome que hoje já aflige uma grande parcela da população brasileira.

 

João Paulo Rodrigues, da coordenação nacional do MST, marchou com a Coluna Prestes, que caminhou por 15km dos arredores de Brasília até o centro da capital. O dirigente afirmou que a marcha é histórica e significativa para os movimentos populares, assim como para todos que acreditam na inocência do ex-presidente Lula.

 

“Viemos trazer a representação do povo brasileiro, dizer que Lula é inocente e que será presidente!”, reforçou João Paulo. “As grandes regiões do país que se dividiram na marcha vão se encontrar, se preparar, para amanhã fazer o registro da candidatura do Lula no TSE. É importante que o povo brasileiro se mobilize, que ocupe as redes, a internet, mas que principalmente ocupe as ruas”, completou.

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Foto: Juliana Adriano

 

Diversos candidatos estiveram presente na Marcha hoje, demonstrando seu apoio ao grande movimento em defesa da democracia brasileira que hoje avermelha as ruas da capital nacional.

 

Amanhã (15), é dia de protocolar a candidatura do Lula e o MST segue em luta com a força dos 5 mil que marcharam ao longo dos últimos 4 dias e com o apoio de outros milhares que se somarão ao ato em Brasília.

 

Soberania Popular

O tema Soberania Popular obteve destaque durante todo trajeto e no trio elétrico de hoje, que animava a marcha, discursos reafirmavam que a luta popular é o único instrumento de organização capaz de construir mudanças entorno da construção de um Brasil mais justo e igualitário. O debate da soberania é entendido como base da luta para retomar a democracia no país, construir a Reforma Agrária e defender as conquistas da classe trabalhadora.