Mais de 50 mil pessoas registram a candidatura de Lula e denunciam a retirada de direitos

Marcha Nacional Lula Livre faz história na defesa dos direitos do povo
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Marcha percorre cerca de 5 km em direção ao TSE, em Brasília. Foto: Matheus Alves

 

Por Wesley Lima
Da Página do MST

 

O Brasil vive um momento histórico. Mais de 50 mil trabalhadores e trabalhadoras, organizados em diversos movimentos populares, sindicatos e partidos de esquerda se somaram à Marcha Nacional Lula Livre, organizada pelo MST, nesta quarta-feira (15), para realizar o registro coletivo da candidatura do ex-presidente Lula no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília.

Além disso, se posicionaram contra a retirada de direitos, as privatizações, o sucateamento dos órgãos públicos e as diversas investidas antipopulares do governo Temer. 

Uma multidão vestida de vermelho caminhou cerca de 5 km, saindo das imediações do Ginásio Nilson Nelson, localizado junto ao Eixo Monumental, em direção ao TSE. Gritos de ordem, faixas gigantes, bandeiras, camisas, mascaras do Lula, cartazes e as falas do trio elétrico, que conduziu a marcha, afirmaram que “Lula é inocente”, “Lula Presidente” e “Fora Temer”.

Já em frente ao TSE, um grande Ato Político reafirmou a candidatura de Lula. Gleisi Hoffmann, presidenta do Partido dos Trabalhadores (PT), disse que essa caminhada é pelos direitos do povo. “Lula é um preso político, a maior liderança política do país. O registro dessa candidatura é uma vitória para nós. Nós vamos entrar no TSE e vamos registrar Lula e quando saímos vamos festejar a vitória de ter Lula presidente do Brasil”, comemora. 

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Foto: Vangli Figueiredo

Gilmar Mauro, representante da Via Campesina, foi um dos marchantes da Marcha Lula Livre. Durante o ato ele afirma que essa manifestação é realizada não por ser bonita, mas sim para retomar a democracia no país, a partir do registro da candidatura do ex-presidente. 

“Em outros momentos da história marchamos pela Reforma Agrária e tenham a certeza que continuaremos marchando e ocupando latifúndio no Brasil para denunciar o golpe, a retirada de direitos. Compreendemos que a luta política faz parte desse processo de resistência […]. A campanha é importante. O registro é importante. Mas, é fundamental, após esse ato, continuarmos organizando nosso povo”, destacou.

Marcha Lula Livre em números

A Marcha Nacional Lula Livre percorreu cerca de 180 km e reuniu mais de 5 mil marchantes, divididos nas colunas Ligas Camponesas, Prestes e Tereza de Benguela.

Foram cinco dias de caminhada com a participação de trabalhadores e trabalhadoras de 22 estados mais do Distrito Federal e 1,2 mil estavam envolvidas em diversas equipes de trabalho, como saúde, cozinha, comunicação, infraestrutura, secretaria, transporte, ciranda infantil. 

Mais de 1,6 mil jovens participaram da marcha e tiveram como uma de suas tarefas utilizar a arte e a cultura como instrumentos de agitação e propaganda em defesa do Lula Livre. Além disso, distribuíram mais de 400 mil jornais, com o objetivo de dialogar com população por onde a marcha passou.

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Marcha Lula Livre chega em Brasília com mais de 5 mil pessoas de 22 estados e do DF.
Foto: Juliana Adriano

Diversas atividades também foram realizadas durante o percurso da marcha, entre elas a doação de 4 toneladas de alimentos e Atos Políticos Culturais.

Para João Paulo, da direção nacional do MST, a Marcha tem uma simbologia importante, pois aglutina movimentos do campo e da cidade a partir de uma causa política. “Essa marcha tem um conteúdo político que é o Lula Livre e os números do nosso balanço conseguem apontar os avanços que tivemos na organização do povo em luta”.

Diante disso, ele acredita que os próximos passos estão vinculados de maneira direta com os desafios colocados nas eleições de 2018. “Precisamos defender a candidatura de Lula, nas urnas, na política e na justiça. Vamos ter 60 dias de batalha até o dia 07”, enfatizou o dirigente Sem Terra.

 

*Editado por Gustavo Marinho