A luta pela terra em Minas Gerais é tema de Jornada Universitária

Diversos debates estão previstos, como a questão de gênero, a unidade política e a Reforma Agrária no estado

 

 

Por Matheus Teixeira Batista
Da Página do MST

 

Os 30 anos de luta do MST em Minas Gerais será tema da edição deste ano da Jornada Universitária da Reforma Agrária (JURA), que acontece entre os dias 22 e 25/8, na Universidade Federal de Viçosa (UFV). A luta pela terra e o direito à educação do campo são alguns dos debates que acontecerão durante o evento. 

A JURA parte do princípio de que a construção da Reforma Agrária requer a partilha das memórias, das existências e resistências das lutas, conquistas e projetos para o futuro.

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Cartaz de divulgação do JURA 2018.

A Jornada traz também o chamado para a construção da unidade política na luta pela terra e pelo território, entre as populações camponesas, indígenas e quilombolas. “Unificar as lutas significa ampliar o entendimento político do que deve ser uma Reforma Agrária efetivamente popular, protagonizada por todos os povos do campo e da cidade, constituindo assim a unidade na diversidade”, explica Valdinei Siqueira, da direção do MST na Zona da Mata e morador do Assentamento Olga Benário.

“Contrapondo a fama dos transgênicos, a Universidade Federal de Viçosa junto com MST organiza pela segunda vez a JURA, que esse ano reconhece a luta do MST nesses 30 anos no território mineiro”, completa Siqueira.

A unidade na construção de lutas perpassa por temas que a sociedade coloca mais como imprescindíveis. Produção e agroecologia, terra e água, soberania alimentar e territorial, a luta contra o latifúndio e a propriedade privada, a construção de relações sociais mais justas à partir do reconhecimento da grande diversidade de direitos, fazem parte deste campo vasto de temas necessários.

Paralelo a essas questões, a Jornada realizará diversos debates, como a questão de gênero, com o coletivo de mulheres do assentamento e as questões relacionadas ao saneamento básico dentro das áreas do movimento. Atividades culturais com artistas populares da Zona da Mata também estão inclusas na programação.

O encerramento acontecerá com o Terreiro Cultural, no Assentamento Olga Benário, em Visconde do Rio Branco, quando se fará uma homenagem a José Nunes (Zequinha), militante histórico do estado, que faleceu há cerca de um mês.

A jornada é aberta. Todos e todas estão convidados. Somente nas chamadas Partilhas de Experiência é recomendada a inscrição prévia.

Confira a programação completa e o vídeo de chamada da edição 2018 da Jornada Universitária da Reforma Agrária.

 

*Editado por Wesley Lima