Jura 2018 destaca os 30 anos do MST em Minas

Por Edgard Leite de Oliveira
Da Página do MST 

Os 30 anos do MST em Minas Gerais é tema da edição 2018 da Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária (Jura) em Viçosa. A atividades, realizada na Universidade Federal de Viçosa e no Assentamento Olga Benário (Visconde do Rio Branco), começou na última quarta-feira (21) e se encerrou no sábado (25). 

Segundo Elisângela Carvalho, moradora do assentamento Dênis Gonçalves e militante do MST, o espaço “surge da necessidade de pautar dentro da universidade o debate da reforma agrária, a luta pela terra, as impunidades que vêm acontecendo em todo país na luta por território”, destacou. 

Além de Elisângela, participaram da mesa de abertura o representante da comunidade Quilombola do Buieié e integrante do Conselho da Igualdade Racial de Viçosa, Julius Silva, e o indígena da etnia Puri, Kapua Lana. A mediação foi da professora do Departamento de Geografia da UFV, Marilda Maraccci. 

“É uma grande satisfação para o nosso povo estar aqui representado para poder deixar um recado que tem a ver com a mensagem desse evento, que é a luta pela terra. Com certeza, é muito importante essa união que está acontecendo de vários povos: o nosso povo indígena Puri, os povos quilombolas, comunidades tradicionais, MST”, destacou Kapua.

Cerca de 400 pessoas se inscreveram para participar da Jura 2018. Além da mesa de abertura, a programação contou com outros dois debates e as chamadas partilhas de experiências. Todos os dias, ainda se realizou a Feira de Arte e Cultura da Reforma Agrária.

“As pessoas que estão aqui (UFV) diariamente não lidam com esse tipo de atividade normalmente e a gente consegue demonstrar as nossas ações cotidianas do assentamento dentro da universidade”, lembrou a moradora do assentamento Olga Benário e estudante da UFV, Taís Oliveira.

*Editado por Iris Pacheco