Famílias Sem Terra sofrem despejo em Tocantins

Há mais de um ano que as famílias acampadas sofrem ameaças de mortes e ataques, seja por ações violentas de pistoleiros, seja pelo aparato policial.

 

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Da Página do MST 

Na manhã desta quinta-feira, 30, cerca de 80 famílias Sem Terra do Acampamento Clodomir Santos, que lutam pela terra sob domínio irregular e ilegítimo da Investco S.A, empresa que trabalha na área de geração de energia com as águas do rio Tocantins, sofreram mais um despejo e por questão de segurança já haviam deixado a área . 

A reintegração de posse feita pela Polícia Militar, que usou um forte aparato policial de Porto Nacional para Brejinho e Ipueiras, destruiu barracos  das famílias que deixaram abandonadas suas plantações. 

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As famílias Sem Terra denunciam que a Investco grilou a área das populações ribeirinhas da região que viviam da pesca e da agricultura, promovendo sua expulsão para as periferias das cidades vizinhas. Além disso, ainda apontam uma relação estreita entre latifundiários, empresários e políticos oportunistas da região para manuntenção do sistema de grilagem de terra. 

 
Há mais de um ano que as famílias acampadas sofrem ameaças de mortes e ataques, seja por ações violentas de pistoleiros a mando de fazendeiros que se dizem proprietários da área ocupada e em conflito, seja pelo aparato policial.

A famílias acampadas já registraram ocorrências na Delegacia de Repressão a Conflitos Agrários e solicitaram apoio na Defensoria Publica Agrária, mas tais ações não impediram os ataques dos pistoleiros ao acampamento e nenhuma providencia foi tomada até o momento.  No entanto, ainda há o esforço da Defensoria Pública do Tocantins que tem desempenhado um papel importante na defesa e acompanhamento das questões envolvendo conflitos agrários no estado e que neste caso específico do Acampamento Clodomir Santos de Morais tem direcionado um grande esforço. 

*Editado por Iris Pacheco