Dilma Rousseff visita acampamentos do MST na região metropolitana de Belo Horizonte

Por Agatha Azevedo
Da Página do MST

Nesta última quinta-feira (13), os Acampamentos Maria da Conceição e Pátria Livre receberam Dilma Rousseff. Durante as visitas, ela conversou sobre a alimentação saudável, o golpe, a importância da formação política e retomou o compromisso com as Escolas das duas áreas. 

Ela destacou que a educação do campo deve ser prioridade e reforçou a necessidade da conquista de novas áreas de assentamento na região. Ela também falou do Lula e da importância de defender o ex-presidente até o último minuto pela “absoluta capacidade de construir uma política popular e acumular forças pela representação de um projeto popular”.

No período da manhã, Dilma conheceu o Acampamento Maria da Conceição, em Itatiaiuçu (MG), que foi ocupado por mulheres no dia 8 de março de 2017. As famílias acampadas estão construindo uma escola com previsão de inauguração para ainda este ano. A candidata, que foi pela primeira vez a um acampamento, conheceu o barraco da Dona Penha, almoçou com os Sem Terra e conversou com as pessoas sobre as necessidades reais da vida no campo.

“Aqui as crianças estão sendo criadas em liberdade. De tudo que nós podemos fazer, nada é igual ao que vocês fizeram por vocês mesmos. Quando você tem distribuição de terra, você tem a democratização da produção, uma capacidade de organização de cooperativas, mecanismos de agroecologia fundamentais”, afirmou.

Ato Político

Durante a tarde aconteceu o Ato Político de apoio da candidatura de Dilma em São Joaquim de Bicas (MG), no Acampamento Pátria Livre. Entre as falas, Dilma elogiou a organização do MST, reforçou o papel político que o Movimento e o povo Sem Terra tiveram no último período, destacando a importância do Governo de Fernando Pimentel e dos parlamentares de esquerda na resistência das áreas de acampamento na região.

“Distribuição de riquezas é também educação que garanta oportunidades. Todo mundo é diferente, mas essa diferença não justifica que as crianças da classe rica tenham melhores oportunidades que as crianças da classe trabalhadora. O mínimo de distribuição de riqueza que um país tem que ter, também é dar aposentadoria para quem trabalhou a vida toda. Nós precisamos mudar a lei, porque a lei hoje prejudica os trabalhadores”, certificou Dilma.

Golpe

O papel do Estado nas políticas públicas e a retirada de direitos promovida por Michel Temer após o golpe foi um dos pontos mais importantes da visita de Dilma nas áreas, já que as eleições se aproximam. “Não é a pessoa que tem que procurar o Estado, é o Estado brasileiro que tem a obrigação de procurar as pessoas, que muitas vezes não tem sequer a consciência de seus direitos”, explicou.

A candidata ao Senado ressaltou a resistência dos Movimentos Sociais para reestruturar um governo democrático no país e exigir direitos. “Nós temos que voltar atrás na reforma trabalhista, que muda as condições de proteção ao trabalho, nós temos de acabar com o fato de que eles estão tirando os pobres do orçamento e fazendo um governo para os ricos. Mas tudo isso é o segundo passo, o primeiro é vocês estarem organizados. Não existe no Brasil uma área rural como a do MST, nós precisamos de vocês, da Frente Brasil Popular, e da luta”, concluiu.

Confira o vídeo da visita aos acampamentos do MST em Minas Gerais.

*Editado por Wesley Lima