FONEC repudia declarações de Bolsonaro sobre a Educação do Campo

Um suposto governo de Bolsonaro seria um risco para as conquistas dos camponeses nos últimos 20 anos, na área da educação

 

Da Página do MST
 

Na defesa da Democracia e da Educação do Campo, em um momento político de avanço do fascismo e da violência que o Brasil mergulhou, devido à campanha de ódio contra o candidato à presidência Fernando Haddad do PT, nesta quarta-feira (24), o Fórum Nacional da Educação do Campo (FONEC) lança nota de repúdio às declarações da candidatura de Bolsonaro sobre a educação e a população que vive, trabalha e estuda no campo.

 

O documento aponta que um suposto governo de Bolsonaro será um risco para as conquistas que os camponeses tiveram nos últimos 20 anos, na área da educação, a partir da luta dos movimentos e organizações sociais e sindicais.

 

Com Bolsonaro no governo, a situação da educação no campo deverá piorar e muito, devido à grave “ameaça” anunciada em pronunciamentos do candidato, de que como solução para “os históricos problemas de acesso à educação”, irá criar “a educação à distância” e “fechar as escolas públicas municipais e estaduais dos assentamentos, por razões autoritárias e desrespeitosas com as centenas de milhares de famílias que ali vivem há décadas”, denuncia a carta de repúdio.

 

Para garantir a Educação do Campo como um direitos de quem vive na área rural a única solução nesse momento é eleger o projeto de governo do professor, Fernando Haddad.

 

“MeuVotoÉPorDireitos

 

Leia a carta na íntegra:

 

PELA DEMOCRACIA E PELA EDUCAÇÃO DO CAMPO

 

O Fórum Nacional da Educação do Campo – FONEC vem a público manifestar repúdio e posicionamento em relação às declarações da candidatura Bolsonaro sobre educação e sobre a população que vive, trabalha e estuda no campo.

 

Revela, além de profunda ignorância e desconhecimento, desprezo e preconceito especialmente com os indígenas e quilombolas, mas não deixa de atacar também os direitos dos/as agricultores/as familiares e assentados/as ao propor, como solução para os históricos problemas de acesso à educação, a educação à distância.

 

Grandes conquistas tiveram os/as camponeses nos últimos 20 anos, no campo da educação, graças à luta dos movimentos e organizações sociais e sindicais, por um lado, mas também à implementação de políticas públicas que organizaram as condições de acesso de grandes contingentes de camponeses/as à sala de aula, em todos os níveis.

 

Todas essas conquistas encontram-se em gravíssimo risco sob um suposto governo Bolsonaro. Mas é ainda mais grave: ameaça fechar as escolas públicas municipais e estaduais dos assentamentos, por razões autoritárias e desrespeitosas com as centenas de milhares de famílias que ali vivem há décadas.

 

Os efeitos de tais anúncios afetarão direta e igualmente também os/as docentes/as e as escolas e as universidades por meio de constrangimento, punições e processos judiciais. Afetarão diretamente os cursos de Licenciatura em Educação do Campo, por meio de cancelamento de bolsas quilombolas, bolsa assistência, corte imediato de financiamento a projetos de extensão e pesquisa junto a essas populações.

 

Nosso compromisso histórico com o direito à Educação do Campo agora se manifesta no apoio à candidatura de HADDAD que já demonstrou seu compromisso quando Ministro, ao assinar o Decreto que criou a Política Nacional de Educação do Campo e o PRONERA como parte da Política de Estado; criou os cursos de Licenciatura em Educação do Campo e financiou a alternância; instituiu as bolsas estudantis e criou programas de formação continuada para educadores/as das escolas do campo, entre tantas outras iniciativas.

 

Educação do Campo é direito. Nenhum passo atrás. HADDAD PRESIDENTE!

 

Brasília, 24 de Outubro de 2018.

 

*Editado por Solange Engelmann.